Economia

Mesmo com terceira queda no varejo, PIB brasileiro deve fechar 2022 acima dos 2%

14 set 2022, 11:51 - atualizado em 14 set 2022, 11:51
varejo
Cerca de 10% da composição do PIB é representado pelo varejo, enquanto cerca de 70% fica por conta dos serviços (Imagem: REUTERS/Sergio Moraes)

O mercado nacional começou o dia com uma surpresa negativa: as vendas no varejo recuaram 0,8% em julho – é a terceira queda consecutiva do indicador, que veio abaixo das projeções de alta de 0,2%.

Segundo Guilherme Sousa, economista da Ativa Investimentos, os números indicam que a queda foi amplamente disseminada.

“O desempenho ruim do comércio em sete dos oito principais grupos, denota a dificuldade de acesso ao crédito motivado pelo alto endividamento das famílias, podendo refletir também parte da antecipação do consumo vivido ao longo dos últimos anos, e a perda de poder de compra pelo avanço inflacionário.”

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Serviços amortecem a queda

Apesar do resultado, o mercado segue apostando na alta do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro para 2022 – variando a alta entre 2,4% e 2,8%.

O motivo é que apenas cerca de 10% da composição do PIB é representado pelo varejo, enquanto cerca de 70% fica por conta dos serviços. E esse, sim, surpreendeu positivamente.

De acordo com os dados divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em julho, o volume de serviços no país cresceu 1,1% e o setor se encontra 8,9% acima do nível registrado em fevereiro de 2020, na pré-pandemia.

O terceiro trimestre deve ser de alta no segmento, apontam Marco Caruso, economista-chefe, e Eduardo Vilarim, economista do Banco Original.

“Como o setor de serviços é bastante intensivo em trabalho, os recuos na taxa de desemprego em julho, evidenciando o avanço da população ocupada, trazem um viés positivo para o volume de serviços prestados, cenário que deve continuar ocorrendo ao longo do 3T22”.

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