Renda Fixa

Mesmo com queda na Selic, renda fixa ainda tem dias de glória pela frente, segundo economistas

15 mar 2024, 9:55 - atualizado em 15 mar 2024, 9:55
renda fixa
Em evento sobre Renda Fixa, economistas responderam até onde devem ir os cortes de juros. (Imagem: 89Stocker)

A renda fixa continua sendo bem quista entre os analistas do mercado, mesmo com as recentes quedas da taxa da Selic e os próximos cortes no horizonte. Isso porque o alto patamar tende a não ser visto mais nos próximos anos, como abordaram Stephan Kautz, Luiz Gustavo Medina e Ettore Marchetti, em evento realizado pela EQI Investimentos.

Durante o debate sobre até quando a taxa poderia cair no Brasil, os profissionais reforçaram a ideia de que as porcentagens de hoje estão altas e que, dificilmente, o mercado verá este patamar tão cedo novamente.

“É claro que é melhor 14% do que 10% de rentabilidade. Mas você ter uma parte conservadora de seus investimentos, vendendo a 9, 10, ainda é uma dádiva”, apontou Stephan Kautz, economista-chefe da EQI Asset.

Por isso, uma taxa em dois dígitos segue sendo uma boa opção para aqueles que buscam retornos mais certeiros na renda fixa e com a certeza de que cairão em breve. O Banco Central já sinalizou que na próxima semana, quando acontece o Comitê de Política Monetária (Copom), os juros do Brasil devem cair em 0,50 pontos percentuais e ir de 11,25% para 10,75%.

Campos Neto acertou na Selic?

Na análise de Medina, economista da CBN, Roberto Campos Neto acertou em se antecipar durante a volta da pandemia em colocar os juros do país ao patamar de 13,75% e que, para agora, seria muito difícil que chegassem a um patamar de 7%, por exemplo.

O comentário sucedeu elogios a autonomia do BC e preocupações quanto a perpetuação dessa condição após o fim do mandato de Campos Neto, quando o governo pode indicar o novo presidente do banco central brasileiro.

“Se nos Estados Unidos, que são os Estados Unidos, os juros estão em 5%, não faz sentido termos uma taxa muito próxima, porque simplesmente alguém quis. Teríamos um estrago via câmbio, via inflação, via tudo, seria imenso”, apontou o economista.

Os executivos também discutiram a implicância da inflação para que cortes continuem acontecendo nos próximos meses e com a última alta em fevereiro, pode haver mudanças.

Nesta terça-feira (12) tivemos a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que subiu 0,83% no mês e 1,25% no ano. A alta ficou acima do esperado pelo mercado, registrando 0,41 ponto percentual a mais do que janeiro (0,42%).

Segundo Kautz, a taxa de hoje é uma vitória para o Brasil e se encaixa com os parâmetros econômicos estabelecidos pelo país. Para ele, a meta de 3% chega a ser até ousada. No entanto, ainda há preocupações com o fiscal e demais fatores que podem influenciar estes números.

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