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Mesmo com prejuízo, Heineken aumenta competitividade no Brasil; o que esperar do balanço da Ambev (ABEV3)?

29 jul 2024, 17:04 - atualizado em 29 jul 2024, 17:04
heineken
(Imagem: Pixabay/JacekAbramowicz)

A Heineken divulgou um prejuízo líquido de 95 milhões de euros (R$ 580,3 milhões) no segundo semestre de 2024, nesta segunda-feira (29). Na Europa, as ações da companhia derretiam mais de 10% no dia mostrando o descontentamento dos investidores com as expectativas frustradas de aumento nas vendas.

A fabricante de cervejas chegou a relatar um aumento de 12,5% no lucro operacional para os primeiros seis meses do ano, um pouco abaixo da previsão de 13,2% dos analistas de um consenso compilado pela própria empresa. Sua receita e volumes do primeiro semestre também ficaram ligeiramente abaixo das expectativas.

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A Heineken agora espera um crescimento orgânico do lucro operacional de entre 4% e 8% em 2024, em comparação com sua orientação anterior de crescimento entre um dígito baixo e um dígito alto. Isso permanece abaixo do crescimento de 8,2% que os analistas esperam atualmente.

O Itaú BBA deu um destaque especial para os resultados da companhia no Brasil no balanço operacional e financeiro. De acordo com o relatório divulgado pelo banco, a empresa reportou um crescimento de receita de um dígito alto no Brasil, com um crescimento de volume de um dígito baixo no primeiro semestre de 2024, seguindo um crescimento de volume de um dígito alto no primeiro trimestre.

Outro ponto de ênfase para o BBA foi o portfólio premium da companhia, que continuou a crescer na casa dos dois dígitos com a posição de liderança da Heineken no segmento sendo ainda mais fortalecida. Contudo, essa competição acirrada  não é novidade para os investidores para o segmento de cerveja no Brasil.

“O recente crescimento da Amstel como a marca nº 1 no segmento mainstream de malte puro (>10mn hl em volumes, conforme dados de 2023) reforça um cenário competitivo abrangente”, aponta o documento produzido pelo banco.

Mesmo com isso, o Itaú não realizou nenhuma mudança em suas previsões para a Ambev (ABEV3) no segundo trimestre de 2024. Para eles, a companhia irá reportar um aumento de 3% no comparativo anual nos volumes e um aumento de 2,0% nas receitas/hl no segmento de cerveja Brasil.

O Safra, no entanto, destaca que os números na Argentina — devido as atuais condições macroeconômicas no país — e no Canadá irão sofrer um grande impacto, mas que poderão ser compensados pelos desempenhos sólidos no Brasil e América Central.

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A equipe de analistas espera que o Ebitda ajustado consolidado alcance R$ 5,69 milhões (+11% YoY), com uma margem de 29,5% (+234bps YoY). Além disso, o lucro líquido ajustado deve chegar a R$2,59 milhões (+4% YoY), com uma margem de 13,5% (+28bps YoY).

“Mantemos uma classificação de Desempenho Abaixo do Mercado para ABEV3, pois os resultados operacionais têm sido mistos, com a Ambev apresentando desempenho inferior ao da Heineken no mercado de cerveja brasileiro e enfrentando ambientes difíceis na Argentina e no Canadá; as incertezas fiscais permanecem altas; e a avaliação não é atraente em comparação com os pares globais (apenas um desconto de 4%) considerando os riscos envolvidos”, avalia o Safra.

Na próxima quinta-feira (01), a Ambev divulga seus resultados do segundo trimestre de 2024.

*Com informações da Reuters

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Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
juliana.caveiro@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
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