Mesmo com freio da China, alta de preços do minério de ferro no Brasil deve continuar
A China está emprenhada em colocar um freio de arrumação nos preços do minério de ferro, que tocaram em máximas históricas neste ano impulsionada pela alta demanda. Até o momento, parece que as medidas vêm dando resultados.
No mercado doméstico, o cenário é um pouco diferente: de acordo com a Platts, para o mês de junho e julho as siderúrgicas brasileiras anunciaram um amplo reajuste de preços: CSN (CSNA3) (7,5% em junho e 7,5% em julho), Usiminas (USIM5)(10% para BQ – laminado a quente) e BF (laminado a frio) e 15% para revestidos, e Gerdau (GGBR4) (6% para BQ e chapa grossa, com possibilidade de acréscimo de 4% em julho).
Segundo a Ágora Investimentos, a diferença entre os preços das fábricas e a distribuição pode ultrapassar 50%.
Ainda de acordo com os analistas Thiago Lofiego e Luiza Mussi, até o momento, a demanda saudável e os longos prazos de entrega estão levando as siderúrgicas domésticas a continuar pressionando por aumentos de preços em junho e julho.
Porém, os valores já começam a serem negociados com prêmios acima da média histórica (cerca de 20% para aços planos e 23% para aços longos).
“Em nossa opinião, isso pode dificultar a implementação de novas iniciativas de preços / atrair mais importações”, disseram.