Mesmo com China e seca no Sul travando, PIB à la 2013 recupera o “abismo” de Lula II e Dilma
Enquanto o Brasil voltou a ter um Produto Interno Bruto (PIB) comparável a 2013, em termos de riqueza proporcional no terceiro trimestre, as condições do único setor que atravessou o ano no positivo, a agropecuária, recuou dentro do esperado de julho a setembro, com a negativa contribuição chinesa e seca no Sul.
Os números divulgados pelo IBGE, que apontou alta de 0,4% para a soma da riqueza do Brasil, e os da produção e comercialização do agronegócio, em recuo de 0,9%, não trouxeram surpresas para o economista-chefe da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Antônio Da Luz, integrante da bancada de especialistas do Relatório Focus.
Mas, mais importante que o resultado em si do PIB, praticamente consensual, como ele diz, é o Brasil ter ficado menos pobre.
“Até o trimestre passado, estávamos abaixo das condições de 2014, quando começamos a viver a maior depressão da nossa história, que começou com Lula 2 [segundo governo, de 2007-2010] e o governo Dilma [Rousseff, 2011-2016]”, afirma, apontando os riscos que o Brasil está vivendo de reeditar as mesmas políticas que “não funcionaram”, a partir dos nomes que frequentam a transição e a futura equipe econômica.
Em 2014, o PIB ficou estagnado em 0,1% – contra o crescimento de 2,3% de 2013 – e a partir daí à expansão monetária e a deterioração fiscal se somaram às crises da Petrobras e a política, que resultaram no impeachment de ex-presidente do PT.
Quanto à agropecuária, um dos destaques negativos do economista da Farsul foi a menor atividade importadora da China, ocasionada pelo reforço ao combate à covid, impactando a economia.
Da Luz também relativiza a seca no Sul, que prejudicou o andamento do setor, além de outras culturas com produção mais baixa até o terceiro trimestre, como a cana-de-açúcar e mandioca, de acordo com o divulgado salientado pelo IBGE.
“Para 2013, o PIB agropecuário deverá bombar, com as boas safras, apesar de tudo”, completa, advertindo, mais uma vez, para o risco de o País voltar ao mesmo “abismo”.
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