Mesmo após alta recente, Bolsa ainda está barata, avalia GTI

“Só colherão os frutos aqueles que tiveram plantado as sementes.” Assim André Gordon, sócio-fundador da gestora de recursos independente GTI, conclui a mais recente carta enviada a clientes. Na visão dele, a Bolsa brasileira ainda está barata, mesmo após a valorização dos últimos meses.

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O cenário “inexorável” que se avizinha, segundo Gordon, é o de retomada da atividade, com inflação comportada e juros baixos. Aprovar a reforma da Previdência “agora ou em 2019” e eleger um presidente que dê continuidade a este legado são as condições para que desta vez o voo seja de “águia” e não de “galinha”, acrescenta ele.

“Conforme escrevemos faz alguns meses há boas possibilidades de que estejamos apenas no início de uma longa tendência de crescimento econômico sustentável. Seguimos com este mesmo sentimento. (…) Na ausência dos riscos ainda percebidos, os preços atuais dos ativos brasileiros provavelmente estarão num outro patamar”, diz o gestor.

Neste contexto, o portfólio do fundo tem priorizado exposição em setores como o de shopping centers e energia e saneamento, que são favorecidos pela queda de juros, além de siderurgia e indústria diante da melhora na economia.

Fundada em 2007, a GTI chamou a atenção nos últimos anos devido ao êxito da estratégia “kit impeachment” no primeiro semestre de 2016. Prevendo o impeachment de Dilma Rousseff, montou uma posição pró-Brasil confiando em uma perspectiva de recuperação econômica e queda nos juros.