Internacional

Merkel é pressionada a apresentar plano contra disparada do coronavírus

29 mar 2021, 13:00 - atualizado em 29 mar 2021, 13:00
Angela Merkel
Em dezembro, a Alemanha intensificou as medidas de lockdown para conter uma segunda onda de infecções –que agora se transformou em uma terceira onda, embora com menos mortes (Imagem: REUTERS/Annegret Hilse)

A chanceler Angela Merkel estava enfrentando nesta segunda-feira críticas crescentes por não delinear um plano para reverter o crescimento das infecções de coronavírus na Alemanha e por culpar premiês estaduais omissos por uma administração cada vez mais caótica da crise.

O tempo está ficando curto para o país reverter uma disparada das infecções que, de acordo com sua principal autoridade de saúde pública, pode saltar das 20 mil atuais para 100 mil por dia.

Em dezembro, a Alemanha intensificou as medidas de lockdown para conter uma segunda onda de infecções –que agora se transformou em uma terceira onda, embora com menos mortes.

Durante uma entrevista transmitida no domingo, Merkel aventou a possibilidade de fazer uma emenda na Lei de Proteção de Infecções para obrigar os 16 Estados alemães, que detêm poder em questões de saúde e segurança, a implantarem certas medidas.

Mas ela não conseguiu explicar o que isso acarretaria, levando partidos de oposição e jornais a a acusarem de “ainda não ter um plano”.

Merkel, cujos conservadores estão mal nas pesquisas em relação à eleição de setembro, expressou insatisfação com alguns premiês estaduais por não recuarem em medidas de reativação de partes da economia quando os casos começam a subir, como combinado em 3 de março.

“Merkel deveria comparecer ao Parlamento e afirmar claramente como vê a situação e quais são suas propostas”, disse Christian Lindner, líder do Partido Democratas Livres, de oposição à TV.

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