“O Mercosul não é uma obra pronta e acabada, precisa passar por aperfeiçoamentos no seu modo de funcionamento, na sua forma de se relacionar com outras economias. [O Mercosul] está sempre em mudança e melhorando. Se vocês pegarem o que era o Mercosul há dois anos, vocês verão o quanto avançamos”, ressaltou.
Aloysio Nunes participa até amanhã (18), na capital uruguaia, da 53ª edição da Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados. Questionado sobre o futuro do Mercosul, ele sinalizou que o presidente eleito, Jair Bolsonaro, deve dar continuidade às articuações que envolvem o bloco sul-americano e a União europeia, Cingapura e o Canadá, por exemplo.
“Chegamos muito perto de assinar o acordo, e o tempo passado não foi em vão. O novo governo do Brasil e a próxima representação da União Europeia podem seguir a partir de algo já construído – isso se as correntes nacionalistas e protecionistas não continuarem a prosperar na Europa.”
O chanceler disse que muitas barreiras foram eliminadas, mas destacou que ainda existem “exceções” que precisam ser revistas. Segundo ele, é necessário eliminar impostos e burocracia para aperfeiçoar a estrutura.
Perguntado sobre a questão da continuidade do processo de união aduaneira, Aloysio Nunes disse que “é um debate que existe mesmo no atual governo”. “Eu sou favorável, mas existem, atualmente, visões que nem sempre coincidem com a minha, vamos esperar o novo governo assumir. A nova equipe está muito focada no Mercosul.”