Política

Mercosul e União Europeia concluem acordo de livre comércio; juntas, economias somam PIB de US$ 22 trilhões

06 dez 2024, 12:29 - atualizado em 06 dez 2024, 12:29
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A conclusão marca o encerramento de um longo ciclo de negociações entre Mercosul e União Europeia. (Foto: Reprodução / ricardostuckert)

O Governo Federal anunciou nesta sexta-feira (6) a conclusão definitiva das negociações do acordo de parceria entre o Mercosul e a União Europeia. A divulgação foi promovida por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai – Estados signatários do bloco – e a União Europeia em nota conjunta.

“Estamos criando uma das maiores áreas de livre comércio do mundo, reunindo mais de 700 milhões de pessoas. Nossas economias, juntas, representam um PIB de 22 trilhões de dólares”, afirmou o presidente Lula.

A conclusão marca o encerramento de um longo ciclo de negociações entre os blocos. “Nossos países investiram enorme capital político e diplomático, por quase três décadas”, disse Lula, no início de seu discurso na 65ª Reunião de Cúpula do Mercosul, que ocorre em Montevidéu.

Em entrevista coletiva, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen disse que o acordo é uma vitória para a Europa. “Hoje, 60 mil empresas exportam para o Mercosul. Dessas, 30 mil são pequenas e médias companhias, que vão se beneficiar dos impostos reduzidos, de procedimentos mais simples e de acesso preferencial às matérias-primas. Isso vai criar grandes oportunidades de negócios”, afirmou.

Maior acordo comercial da história do Mercosul

O Acordo de Parceria Mercosul e União Europeia, que passará agora pelo processo de preparação para sua assinatura, constitui o maior acordo comercial já concluído pelo bloco sul-americano. 

“O Brasil vai propor o lançamento de um programa de cooperação para a agricultura de baixo carbono e promoção de exportações agrícolas sustentáveis, o Mercosul Verde. Nosso bloco tem uma oportunidade histórica de liderar a transição energética e enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas”, disse Lula.

O presidente brasileiro ressaltou que o acordo firmado nesta sexta (6) é muito diferente do que foi anunciado em 2019, que contava com “condições inaceitáveis”, segundo ele. “Conseguimos preservar nossos interesses governamentais, o que nos permitirá implementar políticas em áreas como saúde, agricultura familiar, ciência e tecnologia”.

O presidente também fez agradecimentos em suas redes sociais.

O Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, também se pronunciou, ressaltando políticas de tarifa zero para produtos do agronegócio brasileiro. “Esse acordo prevê mais liberdade comercial com tarifa zero para frutas, café e outros produtos, além de quotas importantes para açúcar, carne de frango, carne bovina e etanol. Vamos mostrar nossa competência nesse mercado tão importante que é a União Europeia.

A assinatura do acordo deve ocorrer em breve. “À luz do progresso alcançado desde 2023, o Acordo de Parceria entre o Mercosul e a União Europeia está agora pronto para revisão legal e tradução. Ambos blocos estão determinados para conduzir tais atividades nos próximos meses, com vistas à futura assinatura do acordo”, diz a nota divulgada pelos blocos.

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gustavo.silva@moneytimes.com.br
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