Economia

Mercosul é parte fundamental de projeto comercial do Brasil, diz Araújo

04 dez 2019, 16:30 - atualizado em 04 dez 2019, 16:30
Mercosul
Os ministros de outros países do Mercosul estão reunidos na tarde de hoje (4), em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul (Imagem: Mercosur – Mercosul/Flickr)

O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, disse nesta quarta-feira que o Mercosul é parte fundamental do projeto comercial brasileiro que visa a abertura do país ao mundo para fomentar o crescimento econômico.

Os ministros de outros países do Mercosul estão reunidos na tarde de hoje (4), em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, em encontro preparatório para a 55ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados, que ocorre amanhã (5), na mesma cidade. Também estão previstos encontros de ministros da Economia e presidentes dos bancos centrais dos países integrantes do bloco.

O encontro desta quarta-feira faz parte da 55ª Reunião Ordinária do Conselho do Mercado Comum (CMC), em nível ministerial, e deve ser encerrado à noite com uma declaração do chanceler Ernesto Araújo.

A Cúpula do Vale dos Vinhedos encerra a presidência semestral brasileira do Mercosul. Durante a cúpula, a presidência pro-tempore será transferida para o Paraguai. Durante a presidência brasileira, o Mercosul reafirmou seu pleno compromisso com os valores democráticos e reforçou sua “vocação original para o regionalismo aberto [para outros blocos econômicos] e buscou adotar um enfoque pragmático, com resultados concretos para os cidadãos”, segundo o secretário de Negociações Bilaterais e Regionais nas Américas, embaixador Pedro Miguel da Costa e Silva.

“A realização dessa cúpula é um orgulho, já que durante a presidência brasileira o Mercosul refletiu uma agenda de abertura, de defesa da democracia”, disse. Segundo Costa e Silva, o Mercosul hoje é um “espelho do trabalho que o Brasil está fazendo internamente”.

Ao fazer um balanço das realizações alcançadas durante o período em que o Brasil ficou à frente da presidência pró-tempore do bloco, o embaixador destacou a finalização, em agosto, do acordo com a União Europeia e também com a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA), integrada por Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein. O embaixador disse que a intensa agenda externa também incluiu tratativas com Canadá, Singapura, Líbano e Coreia do Sul, diálogos com Vietnã e Indonésia e, no plano regional, com Colômbia e a Aliança do Pacífico.

Tarifa Externa Comum

Na vertente econômico-comercial, os trabalhos no semestre abrangeram temas como Tarifa Externa Comum (TEC), facilitação de comércio, indicações geográficas, serviços financeiros, regulamentos técnicos, agenda digital e participação do setor privado.

O embaixador disse que o Mercosul avançou, igualmente, em matéria de cooperação fronteiriça, defesa do consumidor e segurança alimentar e nutricional. No plano institucional, a presidência brasileira deu continuidade aos esforços de enxugamento do Mercosul, com redução de custos e de burocracia.

Amanhã (5), durante a cúpula, haverá declarações presidenciais sobre desenvolvimento sustentável, turismo e combate a ilícitos transnacionais e à corrupção.

Em 2018, o Brasil exportou US$ 20,83 bilhões para o Mercosul e importou US$ 13,37 bilhões, com um superávit de US$ 7,46 bilhões.

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