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Mercados voltam ao ‘azul’ com expectativas de acordo entre EUA e China; Wall Street salta mais de 2% e Ibovespa tenta sustentar os 125 mil pontos

08 abr 2025, 13:14 - atualizado em 08 abr 2025, 13:33
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Ibovespa sustenta os 125 mil pontos após subir mais de 1% nas primeiras horas do pregão; mercado espera acordo entre EUA e China

Depois de um dia de caos no mercado com a forte aversão ao risco global, Ibovespa (IBOV) testou alta aos 126 mil pontos nas primeiras horas do pregão, mas sustenta uma breve queda com os ‘pesos-pesados’ — principalmente com Petrobras (PETR3;PETR4).

Por volta de 13h (horário de Brasília), o principal índice da bolsa brasileira registrava baixa de 0,06%, aos 125.516,02 pontos. Pela manhã, o índice chegou a subir mais de 1% com a retomada do apetite ao risco no exterior.



As perdas do Ibovespa são limitadas pela forte recuperação dos principais mercados acionários globais. Depois de dias de forte aversão ao risco, em temor da escalada de uma guerra comercial e de recessão nos Estados Unidos, os investidores recuperam as perdas com expectativas com possíveis acordos entre o governo Trump e os países parceiros comerciais.

Pela manhã desta terça-feira (8), o presidente norte-americano, Donald Trump afirmou que “quer fazer um acordo” com a China, embora Pequim ainda não tenha entrado em contato para uma negociação. “Eles não sabem como começar. Estamos esperando a ligação deles. Vai acontecer!”, disse Trump em uma publicação na Truth Social.

Desde então, mercado aguarda um acordo tarifário entre China e os EUA ainda hoje — último dia antes das tarifas recíprocas entrarem em vigor.

A expectativa foi elevada após Trump sinalizar um possível “grande acordo” com a Coreia do Sul. “Temos os limites e a probabilidade de um grande acordo para ambos os países. A principal equipe deles está em um avião rumo aos EUA, e as coisas parecem boas”, publicou o presidente norte-americano na rede social.

Ontem (7), ele também disse que o Japão deve enviar uma “equipe de ponta” aos EUA para negociar as tarifas comerciais.

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Relembrando: na semana passada, Trump anunciou o plano tarifário com taxa universal de 10% sobre todas as importações no território norte-americano, que entrou em vigor no último sábado (5). Além disso, o governo estabeleceu taxas recíprocas, que são direcionadas aos países em que os EUA têm déficits comerciais, que começam a valer na próxima quarta-feira (9) — sendo a China a com maior alíquota, de 34%.

A China, em reposta, anunciou uma tarifa de 34% sobre a importação dos produtos norte-americanos, que começa a valer na próxima quinta-feira (10) — um dia após a tarifa de 34% dos EUA contra a China entrar em vigor. O movimento elevou a tensão dos mercados, com índices de Wall Street renovando mínimas em cinco anos e a bolsa chinesa no menor nível em quase três décadas.

Mercados globais de voltam ao ‘azul’

Nesta terça-feira (8), os índices de Wall Street operam em forte recuperação, com alta de mais de 2%. Dow Jones, por exemplo, já recuperou mais de 1 mil pontos. As ações de companhias mais expostas à China, como Apple (APPL), também operam em alta de mais de 4%.

VIX (CBOE Volatility Index), indicador que mede a aversão ao risco de Wall Street, também conhecido como o “termômetro do medo” opera ao nível dos 40 pontos. Ontem (7), o índice disparou e atingiu os 60 pontos, no maior patamar em mais de oito meses. 

A recuperação também é vista na Europa. O índice Stoxx 600 sobe quase 3%. Na véspera, o principal índice das bolsas europeias encerrou a sessão com queda de cerca de 4,5%, no menor nível de fechamento desde janeiro de 2024, após quatro perdas consecutivas.

Na Ásia, o índice Nikkei, do Japão, saltou mais de 6%. Já o Hang Seng, de Hong Kong, teve alta de 1,51%, na tentativa de recuperar a perdas do dia anterior. Na segunda-feira (7), o índice chinês liderou as perdas do continente, com queda de mais de 13% — a maior queda diária desde 1997.

Dólar em alta

Já o dólar à vista (USBRL) segue operando em forte volatilidade, ainda em meio às preocupações com a atividade econômica global. 

Por volta de 13h (horário de Brasília), a divisa norte-americana operava a R$ 5,9899 (+1,34%). Na máxima intradia, a moeda atingiu R$ 5,9949 (+1,43%).



A moeda reage ao pronunciamento do Ministério do Comércio da China. No início da tarde, a pasta chinesa afirmou que o país está pronto para “lutar até o fim”, caso o Trump coloque as tarifas recíprocas em vigor.

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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