3 setores defensivos para investir em meio à queda dos mercados após tarifaço de Trump
As bolsas globais seguem reagindo ao tarifaço anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na semana passada. As ações do mercado norte-americano, asiático e europeu abriram esta segunda-feira (7) em profunda queda.
Para Bruno Henriques, analista sênior do BTG Pactual, a ampla reação negativa é causada pela surpresa do mercado, já que as medidas anunciadas vieram piores do que o cenário negativo esperado pelos investidores.
“O número veio pior do que as expectativas mais negativas e acabou catalisando uma realização. Além disso, começamos a flertar com o aumento da probabilidade de recessão dos EUA, com efeitos em outras partes do mundo”, disse Henriques, em entrevista ao Giro do Mercado.
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Mesmo no cenário bem negativo, os índices americanos operaram como uma “montanha-russa”, com ensaios de alta nesta manhã, mas acabaram empurrados novamente para o lado negativo, com o S&P 500 caindo mais de 1%.
“Qualquer notícia que traga, neste momento, uma janela de negociação ou uma probabilidade de que as tarifas não fiquem na magnitude anunciada deve repercutir positivamente. Mas é difícil afirmar que os mercados voltem a patamares pré 2 de abril”, afirmou o analista.
No Brasil, o Ibovespa (IBOV) segue o ritmo de baixa global e cai cerca de 1,6%, aos 125 mil pontos, por volta das 13h40.
Setores defensivos para investir
Apesar da negatividade global, Henriques vê a América Latina menos prejudicada por receber tarifas de 10%, inferiores a diversos países. Em relação a setores mais defensivos, o analista cita possíveis apostas.
“Em um cenário de tarifas globais maiores, o agronegócio já era competitivo antes e se torna ainda mais; o setor de serviço básico, saneamento, distribuição e geração de energia, tem alta possibilidade de repasse de preços e muita previsibilidade de caixa; e o setor financeiro, com bancos e seguradoras com pouca exposição externa”, disse.
O especialista ainda comentou sobre os indicadores macroeconômicos dos EUA e a perspectiva para as decisões do Federal Reserve sobre os juros. Para acompanhar o programa na íntegra, acesse o canal do Money Times no Youtube.
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