Mercados reduzem projeção do IPCA de 2019 para 3,25%
O Banco Central divulgou nesta segunda-feira (10) mais uma edição do Boletim Focus, com analistas de mercado projetando o desempenho da economia brasileira nos próximos anos.
O documento trouxe mais uma redução na estimativa do IPCA e também manteve a estimativa de que a Selic deva fechar o ano em 4,25%.
As novas projeções apontam para a inflação oficial de 2020 recuando de 3,40% para 3,25%, retração pela sexta semana consecutiva, sendo que há quatro semanas a aposta era de 3,58%. A aposta para o fechamento do calendário segue abaixo do centro da meta de 4,00% e dentro da margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.
Já para 2021, os analistas mantiveram as projeções do IPCA das últimas 60 semanas, estimando uma alta de 3,75%, dentro do centro da meta estabelecida para o ano que vem.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de janeiro variou 0,21%, enquanto, em dezembro havia subido 1,15%. Foi o menor resultado para um mês de janeiro desde o início do Plano Real.
O acumulado dos últimos doze meses foi a 4,19%, abaixo dos 4,31% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em janeiro de 2019, a taxa havia ficado em 0,32%. Esta é a primeira divulgação do IPCA/INPC com a nova estrutura de ponderação, atualizada a partir da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2017-2018.
A fraqueza nos índices oficiais de preço contribui para as estimativas de manutenção da taxa Selic em 4,25% ao ano no fim de 2020, depois da decisão da última semana de reduzir a taxa de juros e sinalização do Copom em não realizar mais cortes nas próximas reuniões, segundo o comunicado da reunião.
No caso de 2021, a aposta segue em 6,00% para o fechamento do período e de 6,50% em 2022 e 2023.
Em relação ao dólar, as apostas de 2020 foram mantidas em R$ 4,10, após encerrar 2019 a R$ 4,0195. Há quatro semanas, os analistas projetavam um dólar a R$ 4,04 no fim do ano.
A projeção da moeda americana está abaixo do fechamento de sexta-feira, quando o dólar atingiu a máxima histórica de R$ 4,32. No ano que vem, as estimativas foram de R$ 4,05 para R$ 4,10, depois de uma elevação na semana anterior.
Os economistas ouvidos pelo BC reforçam a tendência positiva do final do ano, e mantiveram as estimativas do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 2020.
O levantamento realizado pela autoridade monetária aponta o crescimento no país manutenção da estimativa para 2,30%. Há quatro semanas, a estimativa era que o PIB tivesse avanço de 2,30%. Para 2021, a aposta também se manteve, em 2,50%, mantendo o mesmo patamar para 2022 e 2023.