Mercados

Mercados recuam com Covid na China e instabilidade no Reino Unido

12 out 2022, 10:19 - atualizado em 12 out 2022, 10:19
O jornal oficial do Partido Comunista da China alertou nesta quarta-feira que Pequim persistirá com suas políticas sobre a Covid-19 para evitar perder o controle (Imagem: REUTERS/Tingshu Wang)

As bolsas de valores da Ásia caíram para mínimas de dois anos nesta quarta-feira, pressionadas por sinais de que a China não tem planos imediatos de aliviar as restrições rígidas para controle da Covid, enquanto uma alta implacável do dólar e oscilações no mercado de títulos e câmbio do Reino Unido abalaram a confiança dos investidores.

Após uma movimentada sessão, a libra emergiu de uma baixa de duas semanas, ajudada por um relatório de que o Banco da Inglaterra (BOE) está preparado para estender seu programa de compra de títulos para além de sexta-feira. Mais cedo nesta semana, a autoridade monetária havia assustado os mercados ao ameaçar retirar o apoio até sexta-feira.

“Mudanças improvisadas na política econômica do Reino Unido deixam mais pontos de interrogação do que respostas em relação à credibilidade e são um vento contrário para os ativos vinculados à libra”, escreveu Stephen Innes, da SPI Asset Management.

O índice mais amplo da MSCI de ações da Ásia-Pacífico, que não inclui o Japão, caiu 0,50%, fortemente influenciado pelo chinês CSI300, que caiu 1,4% enquanto o índice Hang Seng, de Hong Kong, perdeu 2%.

O jornal oficial do Partido Comunista da China alertou nesta quarta-feira que Pequim persistirá com suas políticas sobre a Covid-19 para evitar perder o controle de surtos locais de coronavírus.

A libra esterlina subiu 0,4%, para 1,1008 dólar, no final dos negócios na Ásia, mas há preocupações mais amplas sobre a direção da política monetária na Grã-Bretanha.

China, mercados
“Eu achava que a essa altura deveria ser universalmente entendido que, se você está fazendo uma intervenção militar em um país (Imagem: REUTERS/Aly Song)

“É muito raro uma combinação tão equivocada de políticas e comunicações sobre políticas como as feitas pelo novo governo conservador”, disse o ex-secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Larry Summers, na conferência de investimentos do Citi em Sydney.

“Eu achava que a essa altura deveria ser universalmente entendido que, se você está fazendo uma intervenção militar em um país, é uma péssima ideia anunciar um prazo para a retirada porque isso apenas fornece um roteiro para a sua oposição e a encoraja a esperar você sair.”

No Japão, o dólar ultrapassou 146 ienes pela primeira vez em 24 anos, levando as autoridades de Tóquio a prometerem as medidas necessárias no mercado de câmbio. O índice de ações Nikkei teve oscilação positiva de 0,01%.

O índice KOSPI, de Seul, subiu 0,52% depois que o Banco da Coréia elevou os juros em 50 pontos base pela segunda vez desde julho, como esperado.

A força renovada do dólar norte-americano também levou o dólar australiano, que é sensível ao risco, para 0,6247 dólar, o menor patamar desde abril de 2020.

Espera-se que os dados de inflação dos Estados Unidos, a serem divulgados nesta quarta-feira, e também na quinta-feira, mantenham o Fed em uma trajetória agressiva de alta de juros.

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