Mercados globais não estão para peixe nesta sexta-feira (17); entenda motivo
Os mercados globais não estão com espaço para apetite a risco nesta sexta-feira (17), com as principais bolsas de valores ao redor mundo fechando a semana no vermelho.
Um dos motivos para a pressão vendedora dos investidores no curtíssimo prazo é a inflação acima do esperado nos Estados Unidos.
Com o índice de preços ao produtor dos EUA (PPI, na sigla em inglês) acumulando alta de 0,7% em janeiro contra expectativa de 0,4%, isso fez com que o mercado entendesse que o Federal Reserve pode manter juros elevados por mais tempo.
Nesta manhã, os índices futuros de ações em Wall Street operavam em forte baixa. O S&P 500 e o Dow Jones caíam 0,51% e 0,33%, respectivamente. O Nasdaq, a bolsa de tecnologia dos EUA, cedia 0,72% no mesmo instante.
Paralelamente, o Ibovespa em dólar (EWZ) tinha queda de 0,35% aos 28,54 pontos no pré-market em Nova York, o que pode sinalizar uma abertura negativa da B3 às 10h (horário de Brasília).
Mercados globais em baixa
A maioria das bolsas de valores situadas na Ásia fechou com prejuízos nesta sexta-feira, com investidores esperando um ciclo de alta de juros mais duradouro nos EUA, além de derrocada das exportações em Singapura.
Os destaques na região foram Hong Kong (-1,28%), Japão (-0,66%) e Xangai (-0,77%).
O minério de ferro, importante termômetro para a Vale (VALE3), fechou alta de 1,47% na bolsa de commodities de Dalian, na China, a 885 yuans a tonelada métrica.
Os ADRs da Vale (VALE), no que lhe concernem, subiam o,59% aos US$ 17,19 cada, antes da abertura do mercado em Nova York.
Já o petróleo tipo Brent, referência internacional usada pela Petrobras (PETR4), derretia 1,53% com cada barril valendo US$ 83,83, com demanda futura incerta por alta de juros.
Na esteira da oscilação do petróleo, os ADRs da Petrobras (PBR) afundavam 0,6% aos US$ 11,57 cada, no pré-market em Nova York.
Na Europa, os mercados acionários reverteram a tendência de maior apetite a risco. O Stoxx 600, índice que reúne as ações europeias mais negociadas, retrocedia 0,61% aos 462,38 pontos.
Os destaques no continente eram Reino Unido (-0,22%), Alemanha (-0,75%) e França (-0,68%).