Mercados globais estão com medo do aumento de juros à frente nesta terça-feira (6)
Os mercados globais operam bastante pressionados e em cima do muro nesta terça-feira (6). A cautela dos investidores por ativos de risco (como ações, fundos imobiliários, entre outros) segue por conta do receio com o ciclo de aumento de juros nos Estados Unidos.
Os índices futuro de ações em Nova York estavam no zero a zero nesta manhã, com o S&P 500 avançando apenas 0,1% antes da abertura do mercado.
Mesmo diante de encomendas recordes à indústria dos EUA e a intensa recuperação do setor de serviços, os investidores estão apostando em um pico maior de taxa juros no país, sobretudo por um período maior de tempo.
O ex-secretário do Tesouro americano Larry Summers disse, em entrevista recente, que não crê que uma taxa terminal em 5% será o suficiente para dar conta de trazer a inflação de volta à meta oficial, esperando ser possível que os juros ultrapassem os 6% em 2023.
Mercados globais mistos
Na Ásia, as bolsas de valores da região também tiveram um desempenho misto, mesmo contando com o afrouxamento da China em sua política de Covid zero. Hong Kong caiu 0,4%, Xangai ficou estável e Tóquio subiu 0,24%.
O minério de ferro, importante termômetro para a Vale (VALE3), fechou em queda de 0,64% na bolsa de commodities de Dalian na China, a 780 yuans a tonelada métrica.
Já o Ibovespa em dólar (EWZ) avançava 0,33% a US$ 30,35 no pré-market, o que pode indicar uma abertura positiva da Bolsa brasileira às 10h (horário de Brasília). Na véspera, o Ibovespa tombou 2,25% aos 109,4 mil pontos.
O petróleo tipo Brent, referência internacional usada pela Petrobras (PETR4), subia 0,8% com cada barril valendo US$ 83,85.
Acompanhando a subida da commodity, os ADRs (recibos que representam ações) da Petrobras (PBR) em Nova York despontavam 3,07% no pré-market. Já os ADRs da Vale (VALE) avançavam 0,3%.