Mercados

Mercados globais engolem à seco Fed mais agressivo em 2023 nesta quinta-feira (15)

15 dez 2022, 7:16 - atualizado em 15 dez 2022, 7:21
Mercados globais
Mercados globais entendem que taxa de juros nos EUA será muito maior que esperavam e ações caem nesta quinta-feira. (Imagem: Reuters/Mike Segar)

Os mercados globais entraram em maré de baixa nesta quinta-feira (15), ao entenderam que o ciclo de alta de juros nos Estados Unidos em 2023 será maior que o previsto, afetando diretamente o apetite e valuation das ações e demais ativos de risco.

O Federal Reserve elevou em sua última decisão em 2022 a taxa básica de juros nos EUA em 0,5 ponto percentual, que agora passa a flutuar entre 4,25% a 4,5% ao ano, movimento esperado pelos economistas.

Entretanto, o chairman do banco central dos EUA, Jerome Powell, deu sinalizações de que o ajuste de juros no ano que vem será maior do que se pensava antes e deverá manter taxas elevadas por mais tempo, acima do patamar de 5,1% precificado por Wall Street.

Como reação, os principais índices futuros de ações em Nova York operam em forte queda nesta manhã, com destaque para S&P 500 (-1,05%), Dow Jones (-0,8%) e Nasdaq (-1,3%).

Na agenda de indicadores nos EUA, investidores aguardam ainda vendas do varejo e pedidos semanais de auxílio-desemprego.

Mercados globais na berlinda

Ibovespa em dólar, representado pelo EWZ listado em Nova York, disparava 1,17% a 26,78 pontos no pré-market, indo na contramão do exterior e o que pode sinalizar uma abertura positiva para os negócios na B3 às 10h (horário de Brasília).

Ontem, o principal índice da Bolsa brasileira teve ligeira alta de 0,2% aos 103,7 mil pontos, uma vez que o futuro ministro Haddad conseguiu apaziguar os ânimos do mercado.

bolsas de valores na Ásia se embalaram no tom de Fed mais agressivo em 2023 e fecharam com fortes perdas nesta quinta-feira.

Os destaques na região foram Hong Kong (-1,55%) e Coreia do Sul (-1,6%) e Xangai (-0,25%).

minério de ferro, importante termômetro para a Vale (VALE3), fechou em alta de 1,63% na bolsa de commodities de Dalian na China, a 817 yuans a tonelada métrica, no contrato futuro que vence em maio de 2023.

Na mesma toada, os mercados acionários na Europa operavam com tom mais negativo. O Stoxx 600, que reúne as ações mais negociadas do velho continente, perdia 1,23%.

petróleo tipo Brent, referência internacional usada pela Petrobras (PETR4), tinha ligeira queda 0,25% com cada barril valendo US$ 82,50, pressionado por uma demanda futura incerta.

Contrariando a baixa da commodity, os ADRs (recibos que representam ações) da Petrobras (PBR) em Nova York subiam 1,09% no pré-market. Já os ADRs da Vale (VALE) cediam 1,22% no mesmo instante.

Compartilhar

TwitterWhatsAppLinkedinFacebookTelegram
Repórter
Repórter de renda fixa do Money Times e Editor de agronegócio do Agro Times desde 2019. Antes foi Apurador de notícias e Pauteiro na Rede TV! Formado em Jornalismo pela Universidade Paulista (UNIP) e em English for Journalism pela University of Pennsylvania. Motivado por novos desafios e notícias que gerem valor para todos.
lucas.simoes@moneytimes.com.br
Linkedin Instagram Site
Repórter de renda fixa do Money Times e Editor de agronegócio do Agro Times desde 2019. Antes foi Apurador de notícias e Pauteiro na Rede TV! Formado em Jornalismo pela Universidade Paulista (UNIP) e em English for Journalism pela University of Pennsylvania. Motivado por novos desafios e notícias que gerem valor para todos.
Linkedin Instagram Site
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar