Mercados globais encaram elefante na sala nesta quinta-feira (19)
Os mercados globais encaram elefante na sala nesta quinta-feira (19), com bom humor dos investidores dando espaço para temores sobre o quadro de recessão global e o aumento dos juros nos Estados Unidos.
Dados desanimadores de vendas no varejo dos EUA e preços ao produtor abaixo das expectativas reacenderam o medo de recessão, levando traders a movimentos mais cautelosos com índices futuros de ações em Nova York.
O S&P 500 e o Dow Jones caíam 0,46%, ao mesmo tempo, antes da abertura do mercado. Já o Nasdaq, a bolsa de tecnologia dos EUA, recuava 0,43% no mesmo instante.
A agenda econômica traz mais pistas sobre os rumos do Federal Reserve para com a taxa de juros nos EUA. Às 10h30 (horário de Brasília) saem os pedidos semanais de auxílio-desemprego nos EUA. Ao longo do dia, membros do Fed farão discursos ao mercado. Temporada de resultados continua.
O Ibovespa em dólar (EWZ) despencava 1,43% aos 28,95 pontos no pré-market em Nova York nesta quinta-feira, o que pode sinalizar uma abertura negativa da B3 às 10h (horário de Brasília).
Mercados globais em queda
As bolsas de valores situadas na Ásia também foram contaminadas pelos ventos contrários em Wall Street e tiveram desempenho misto nesta quinta-feira.
Os destaques na região foram Xangai (+0,49%), Hong Kong (-0,12%), Japão (-1,44%) e Singapura (-0,41%).
O minério de ferro, importante termômetro para a Vale (VALE3), fechou em alta de 1,25% na bolsa de commodities de Dalian na China, a 850 yuans a tonelada métrica, após ajustes no contrato futuro que vence em maio de 2023.
Os ADRs da Vale (VALE) perdiam 0,83% aos US$ 17,90 antes da abertura do mercado em Nova York.
O petróleo tipo Brent, referência internacional usada pela Petrobras (PETR4), caía 0,82% com cada barril valendo US$ 84,28, com surpresa no estoque de óleo cru dos EUA.
Acompanhando a desvalorização do petróleo, os ADRs da Petrobras (PBR) cediam 1,28% aos US$ 10,84 no pré-market em Nova York.