Mercados eufóricos: 5 coisas para saber antes de investir no Ibovespa hoje (21)
O Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta quinta-feira (21) em alta, avançando 0,32%, a 129.538 pontos, por volta das 10h05. Na véspera, o índice fechou em alta de 1,25%, com reação positiva do mercado a falas de Jerome Powell no Fomc.
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O dólar caía frente ao real nos primeiros negócios desta quinta, com investidores repercutindo alteração no comunicado de política monetária do Banco Central para acomodar uma orientação mais cautelosa, enquanto, no exterior, o clima ainda era otimista após alívio com as projeções do Federal Reserve.
Day Trade:
- CSN Mineração (CMIN3), Suzano (SUZB3) e outras ações para vender nesta quinta (21) e buscar até 1,5%
- B3 (B3SA3), Petz (PETZ3) e mais 3 ações para comprar pós-Selic
Radar do Mercado:
5 assuntos que podem mexer com o Ibovespa nesta quinta (21)
Mercados em festa após decisão do Fed
Ontem foi dia de Super Quarta e os mercados estão eufóricos com o tom de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, que indicou que os cortes para este ano ainda estão de pé.
A decisão do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) foi de manter a taxa de juros entre 5,25% e 5,50% pela quinta reunião consecutiva.
O analista Matheus Spiess, da Empiricus Research, aponta que a expectativa é de que os EUA experimentem uma diminuição nas taxas de juros ainda este ano, com estimativas apontando para possíveis três reduções.
“A data de início desses cortes, seja em junho ou julho, ainda é uma incógnita, mas há um acordo geral de que serão implementados”, explica.
O fim do plural diz sobre o futuro da Selic
Por aqui, o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu a Selic em mais 0,50 ponto percentual (p.p.). Com isso, a taxa básica de juros deixa o patamar de 11,25% e vai para 10,75% ao ano.
Agora, a dúvida do mercado é se os ganhos do IBOV irão se estender, já que a decisão do Copom foi divulgada quando os mercados já estavam fechados. Os analistas destacam que o discurso do Banco Central foi mais duro, retirando plural dos cortes de 0,50 ponto percentual das “próximas reuniões”.
Isso significa que o Banco Central deve manter o ritmo de cortes de 0,50 p.p. na próxima reunião, marcada para maio. No entanto, os dirigentes devem avaliar em junho se o corte será no mesmo patamar ou se o Copom vai diminuir os reajustes para 0,25 p.p.
Spiess pondera que, para junho, o cenário permanece aberto, uma vez que até janeiro o BC havia sinalizado a possibilidade de dois cortes nesta magnitude, o que mudou agora.
“A alteração para a menção de apenas ‘na próxima reunião’ ao invés de ‘nas próximas reuniões’ diminui as expectativas de finalizar o semestre com a taxa Selic em 9,75% (corte de junho), embora não elimine completamente essa possibilidade”, avalia.
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Campos Neto desagrada governo com redução dos juros ‘a conta gotas’
Não é de hoje que o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, tem recebido críticas do atual governo. Se até o final do ano passado as coisas pareciam ter ser ajeitado entre as autoridades, agora a conversa é outra.
Depois do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro da Economia, Fernando Haddad, chegou a vez de Gleici Hoffmann alfinetar o líder da autarquia.
Nas redes sociais, após a decisão do Copom de reduzir os juros em 0,50 ponto percentual, a deputada e presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) disse que “mais uma vez o BC de Campos Neto puxa o freio da economia”.
Na terça-feira (19), dia que antecedeu a decisão do Copom, Haddad disse também que a autoridade monetária precisa “olhar para as necessidades do país”.
Em sua fala, elencou as providências que devem ser tomadas para o desenvolvimento do Brasil e o destaque para o BC não passou despercebido.
Fazenda insiste com Lula por aval a dividendos extras da Petrobras (PETR4)
O Ministério da Fazenda vai insistir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que dê aval ao comando da Petrobras (PETR3; PETR4) para a distribuição aos acionistas de dividendos extraordinários inicialmente retidos pela companhia por pressão do mandatário, disseram à Reuters duas fontes do governo com conhecimento do assunto.
De acordo com as fontes, um dos argumentos para essa defesa é a promessa a Lula de que esses recursos poderão ser transformados em investimentos públicos no futuro, já que a União seria a principal beneficiária do repasse.
Vivara (VIVA3) anuncia novo programa de recompra de ações
A Vivara (VIVA3) aprovou um novo programa de recompra de ações, conforme informa o fato relevante enviado ao mercado na quarta-feira (20).
Poderão ser recompradas até 5% das ações de emissão da companhia em circulação, no período de 12 meses, entre 20 de março de 2024 e 20 de março de 2025.