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Mercados aguardam fim de impasse entre Guedes e Bolsonaro; veja os principais destaques desta tarde

28 ago 2020, 13:31 - atualizado em 28 ago 2020, 13:31
Mercados - Ibovespa
Renda Brasil e embate entre Bolsonaro e Guedes continuam repercutindo nos mercados (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

1 – Ibovespa avança com cenário externo favorável; dólar tomba

O sinal positivo prevalecia no Ibovespa (IBOV) nesta sexta-feira, em pregão beneficiado pelo cenário externo, onde a perspectiva de juros muito baixos nos Estados Unidos por um período prolongado respaldava apetite a risco.

O BTG Pactual ressaltou que tem chamado a atenção dos investidores o crescimento da volatilidade no mercado em razão da indefinição sobre a Renda Brasil e o Orçamento de 2021.

“A velha agenda de Guedes (Paulo Guedes, ministro da Economia)- fim do abono, fim dos programas sociais, etc. – parece que já está descartada, elevando assim o risco político que está concentrado no comportamento do próprio presidente.”

Em Wall Street, o S&P 500 renovou máxima histórica já na abertura, após a mudança de estratégia de política monetária anunciada pelo Federal Reserve na véspera reforçar apostas de que o custo do dinheiro nos EUA seguirá baixo por algum tempo.

Já o dólar cedia acentuadamente contra o real na manhã desta sexta-feira, acompanhando a tendência de fraqueza da moeda norte-americana nos mercados internacionais após o anúncio de mudanças na política monetária do Federal Reserve, enquanto o cenário fiscal brasileiro seguia no foco dos investidores.

“Lamento, esse vírus aí deu uma baqueada na gente, estávamos indo bem pra caramba”, afirmou Bolsonaro (Imagem: Flickr/ Isac Nóbrega/PR)

2 – Bolsonaro afirma que Brasil está “no limite”

O governo deve definir nesta sexta o valor que será pago até dezembro. Inicialmente, o ministro da Economia, Paulo Guedes, havia proposto 200 reais, mas a ideia desagradou o presidente. Bolsonaro já admitiu que não será possível manter os 600, mas quer algo a mais do que Guedes estava disposto a pagar até o momento.

Em discurso em Minas Gerais, na terça-feira, Bolsonaro disse que a sequência do benefício não seria de 600 nem de 200 reais.

Na conversa com apoiadores Bolsonaro disse ainda que o país está “no limite”, indicou que não sabe o que acontecerá “se a economia não pegar” e reclamou que “a cruz que carrega” está “muito pesada”.

“Lamento, esse vírus aí deu uma baqueada na gente, estávamos indo bem pra caramba”, afirmou.

3 – JSL aprova oferta de ações

O conselho de administração da JSL (JSLG3) aprovou oferta de até 86,7 milhões de ações com distribuição primária e secundária, que espera precificar em 8 de setembro, de acordo com fato relevante à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Considerando o valor de fechamento da ação na quinta-feira, de 32,16 reais, a operação pode movimentar até cerca de 2,8 bilhões de reais.

A oferta restrita consistirá na distribuição pública primária de 72.255.762 novas ações de emissão da companhia (oferta primária base), que poderá ser acrescida em até 14.451.152 ações ordinárias de emissão da companhia e de titularidade do acionista vendedor, a holding Simpar.

Os dados econômicos devem refletir o crescimento no terceiro trimestre com a reabertura de empresas, mas isso não significa que a economia está firme (Imagem: Unsplash/@bonniekdesign)

4 – Recuperação será lenta, diz Fed

A atividade econômica e as contratações diminuíram nos Estados Unidos enquanto os casos de coronavírus aumentavam, confirmando que a recuperação será lenta e que a economia exigirá mais apoio da política monetária e fiscal, afirmou a presidente do Federal Reserve de Cleveland, Loretta Mester, nesta sexta-feira.

“Eu acredito que a recuperação será lenta”, afirmou Mester durante uma entrevista à CNBC.

Os dados econômicos devem refletir o crescimento no terceiro trimestre com a reabertura de empresas, mas isso não significa que a economia está firme, disse ela. “Eu realmente acho que há mais problemas e que teremos que apoiar a economia.”

5 – Alemanha deve revisar para cima previsão para o PIB em 2020

O governo da Alemanha deve revisar para cima sua projeção de crescimento econômico para este ano para uma contração de menos de 6%, ante estimativa anterior de queda de 6,3%, disse nesta sexta-feira uma fonte da coalizão à Reuters.

O ministro da Economia, Peter Altmaier, apresentará o cenário revisado no início da próxima semana, acrescentou a fonte.

economia da Alemanha contraiu um recorde de 9,7% no segundo trimestre com os gastos dos consumidores, os investimentos empresariais e as exportações recuando no ápice da pandemia de Covid-19.

Mas dados econômicos recentes alimentaram esperanças de que a maior economia da Europa terá uma recuperação forte após o choque do coronavírus.