Commodities

Mercados agro: epidemia deixa a segunda com cara de quarta-feira de cinzas

24 fev 2020, 8:44 - atualizado em 24 fev 2020, 9:35
Presidente chinês não se mostrou otimista e vírus mantém rastro de prejuízos em ativos de maior risco (Imagem: Xinhua/ Reuters)

As perspectivas para a economia global permanecem negativas com a expansão do coronavírus e os mercados sentem o drama. Na China, caem as notificações de casos, mas as mortes aumentam e o presidente Xi Jinping admite situação “sombria”.

Coreia do Sul e Japão contabilizam novos casos. E o temor de disseminação no Ocidente aumenta com o vírus explodindo na Itália.

O petróleo despenca mais nesta abertura da semana e o dólar index, que compara o ativo a uma cesta de moedas fortes, sobe. Na segunda (24) de Carnaval, a moeda americana está em leve alta no Brasil. A segunda está com cara de quarta-feira de cinzas.

Não tem como as principais commodities agrícolas se manterem no positivo nas bolsas de futuros internacionais. A aversão ao risco toma conta e os fundos saem das suas posições, que já eram poucas, ou nem levam recursos novos para elas. Ativos mais seguros comprados.

Reflexo

Por volta das 8h40 (Brasília), soja, milho, algodão, café, açúcar e trigo estão todos com perdas. Um ou outro de menor peso na balança mundial comandada pela demanda da China, como açúcar e café, leva algum fundamento próprio.

A oleaginosa, principal commodity exportada pelo Brasil, já passa de 9 pontos nos contratos e as perdas eram menores há pouco na CBOT (Chicago). Só o vencimento está acima em US$ 9,00 o bushel. Março e maio estão entre US$ 8,80 e US$ 8,90.

O milho recua 3,25 pontos nos dois contratos mais curtos, em US$ 3,73 e US$ 3,77.

Na fibra, a queda é de mais de 3,25% no algodão em Nova York (ICE Futures), que despencou de 69 centavos de dólar por libra-peso, na sexta, para 66,84.