Mercados

Mercado volta ao modo “stand-by” ao aguardo de novo avanço da Previdência

24 abr 2019, 11:00 - atualizado em 24 abr 2019, 11:00
CCJ
Demorou, mas a PEC saiu da CCJ em direção à comissão especial (Imagem: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Após subir 1,4% na véspera, enquanto esperava o andamento do texto da reforma da Previdência na CCJ, o mercado voltou ao modo “stand-by”. Os deputados aprovaram a PEC 6/19 por 48 votos a 18, que agora segue para a análise de comissão especial a ser instalada na quinta (25), segundo estimativas da líder do governo no Congresso, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP).

O Ibovespa cai 1,02%, a 94.947 pontos, e o dólar avança 0,98%, a R$ 3,95.

“No lado do mercado, investidores já haviam precificado essa aprovação, mas naturalmente com muitas estratégias prontas para uma “zebra”. Sem uma zebra confirmada, hoje podemos ver alguma resiliência dos ativos locais com o desmonte das “estratégias caos”, mas com efeito potencialmente limitado pelo cenário externo mais desafiador nesse começo de quarta-feira”, avalia a corretora H.Commcor.

Os investidores também avaliam, no cenário interno, os números do mercado de trabalho formal. O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) revelou um saldo negativo de 43.196 empregos com carteira assinada em março. A expectativa era de um crescimento modesto.

No mês anterior, o saldo havia ficado positivo, com 173.139 admissões. Com isso, no acumulado do bimestre (fevereiro/março), o saldo está em 129.943.

Em decorrência da melhora na percepção dos empresários em relação aos negócios, a prévia da Sondagem da Indústria de abril de 2019, sinalizou um avanço de 0,4 ponto, devendo fechar o mês em 97,6.

Mercados

Ásia – As ações fecharam em queda no pregão de quarta-feira, com perdas nos setores de Nikkei 500 Glass & CeramicsNikkei 500 Pulp & Paper e Nikkei 500 Rubber, levando as ações a uma baixa.

No encerramento em Tóquio, o Índice Nikkei 225 recuou 0,35%.

A fabricante de veículos sul-coreana Hyundai reportou um avanço de 30,4% no lucro líquido do primeiro trimestre de 2019, impulsionado pela melhora dos negócios na Coreia do Sul e nos Estados Unidos que, por sua vez, ajudaram a compensar as vendas mais fracas na China.

Europa – Os índices europeus operam mistos nesta sessão. Em Paris, o CAC cai 0,2%. Em Londres, o FTSE recua 0,63%. Em Frankfurt, o DAX avança 0,46%.

A SAP foi uma das duas razões pelas quais o DAX alemão está sozinho no verde nesta quarta-feira. A empresa anunciou novas metas de margens de lucro e recompras de ações.

O outro motivo para o melhor desempenho foi a processadora de pagamentos Wirecard, que subiu mais de 7% depois que a gigante de capital de risco do Japão Softbank anunciou um investimento de US$ 1 bilhão. Isso é um enorme voto de confiança em uma empresa que foi atormentada por alegações de contabilidade falsa – denúncias que negou repetidamente.

Credit Suisse apresenta lucro líquido de US$ 733,93 milhões no primeiro trimestre – Depois de concluir sua reestruturação nos últimos anos, o Credit Suisse apresentou lucro líquido de 749 milhões de francos suíços (US$ 733,93 milhões) no primeiro trimestre de 2019, alta de 8% em relação ao mesmo período do ano passado e acima da expectativa dos analistas consultados pela Reuters, de 692 milhões de francos suíços. Leia Mais

EUA – O índice Dow Jones opera em queda de 0,16%, enquanto o Nasdaq cai 0,21% e o S&P 500. Os investidores realizam lucros após níveis recordes do S&P500 na véspera.

O mercado também avalia o resultado da Boeing. A empresa publicou nesta quarta-feirabalanço do 1º trimestre deste ano, o primeiro resultado após o segundo acidente aéreo em menos de seis meses com modelo 737 MAX da Ethiopian Airlines em março, que levaram à suspensão da entrega de novas aeronaves pela empresa.

Empresas

Via Varejo (VVAR3), que reúne as marcas Casas BahiaPonto FrioExtra.com e Bartira, apresentou prejuízo líquido de R$ 49 milhões no primeiro trimestre de 2019, revertendo o lucro de R$ 64 milhões alcançado em igual período de 2018. Os ativos sobem 1,5%.

Carrefour (CRFB3) apresentou vendas consolidadas de R$14,2 bilhões, um crescimento de 9,9% ano a ano como consequência do sólido desempenho do multivarejo e do atacarejo, incluindo o marketplace. As ações sobem 0,4%.

Magazine Luiza (MGLU3) iniciou a venda de livros em seu e-commerce com um catálogo inicial de 240 mil títulos, informou a varejista em um comunicado distribuído à imprensa. Os papéis caem 1,25%.

Romi (ROMI3) fechou o primeiro trimestre de 2019 com um prejuízo líquido ajustado de R$ 18,264 milhões. No mesmo período do ano passado, a Romi tinha alcançado um lucro líquido de R$ 1,836 milhão. As ações despencam 6,5%.

A fabricante de equipamento eletrônicos WEG (WEGE3) reportou um lucro líquido de R$ 306,8 milhões no primeiro trimestre de 2019, 7,7% maior quando comparado aos R$ 285,0 milhões registrados em igual período do ano anterior, segundo balanço da companhia. As ações caem 1,8%.

CPFL Energia (CPFE3) avançou com os seus planos de realizar uma oferta de ações na Bolsa de Nova York. Em um comunicado enviado ao mercado nesta quarta-feira (24), a empresa declarou ter entregue o documento Form F-3 à SEC, regulador do mercado de capitais americano, que permitirá a realização de vendas de ações nos EUA. As ações operam em queda de 0,6%.

Fundador do Money Times | Editor
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
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