Mercado volta a subir previsão do IPCA para 2022 (e a culpa não é de Lula); confira o Focus de hoje

Os economistas ouvidos pelo Banco Central revisaram a previsão do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ao final deste ano, passando de 5,60% para 5,61%. Essa é a primeira alta em 17 semanas. Há um mês, a projeção era de +5,74%.

No entanto, a nova previsão não foi influenciada pelo vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na corrida presidencial. Os dados do Relatório Focus foram compilados na sexta-feira (28) e reflete a alta de 0,16% na prévia da inflação de outubro.

Para 2023, a projeção permaneceu em 4,94%, de 5% há um mês. Para 2024, a projeção continua em 3,50%, enquanto para 2025 a estimativa manteve-se em 3% pela 67ª semana.

É válido lembrar que as metas de inflação para 2022, 2023 e 2024 são de 3,50%, 3,25% e 3%, nesta ordem, conforme estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Selic

No que se refere à taxa básica de juros, a projeção para a Selic ao final deste ano seguiu em 13,75% pela 18ª semana consecutiva. Para 2023 a previsão foi mantida em 11,25%, enquanto para 2024, as previsões para o juro básico também foram mantidas em 8%. Já para 2025, a taxa básica de juros permanece em 7,75%.

PIB

Em relação às expectativas para a atividade, o mercado financeiro manteve a previsão de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) do país neste ano em 2,76%, de 2,70% há um mês.

Para 2023, a previsão de crescimento econômico subiu de 0,63% para 0,64%, enquanto para 2024 a projeção permaneceu em 1,80%. Já o PIB de 2025 permaneceu em 2%.

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Dólar

A projeção para a taxa de câmbio ao final de 2022 e de 2023 se manteve em R$ 5,20 pela 13ª semana seguida. Para 2024, o dólar caiu de R$ 5,11 para R$ 5,10. Para 2025, a projeção manteve-se em R$ 5,15.

Balança comercial

Por fim, a previsão para o superávit da balança comercial em 2022 foi mantida em US$ 56,15 bilhões, de acordo com o relatório de mercado Focus.

Para 2023, a estimativa de saldo comercial também permaneceu em US$ 56 bilhões. Para 2024, a previsão caiu de US$ 50,50 bilhões para US$ 50,28 bilhões. Já para 2025, a projeção caiu de US$ 52 bilhões para US$ 51,50 bilhões.

Já em relação ao saldo da conta corrente, a previsão negativa para 2022 passou de -US$ 32,25 bilhões para -US$ 37,84 bilhões; para 2023, a previsão passou de -US$ 34 bilhões para -US$ 32,34 bilhões; para 2024, a projeção permaneceu em -US$ 38 bilhões, e em 2025, a previsão de saldo negativo das transações correntes manteve-se em -US$ 40 bilhões.

Por fim, as previsões para o ingresso de recursos externos no âmbito do Investimento Direto no País (IDP) para 2022 subiu de US$ 68 bilhões para US$ 74,21 bilhões. Para 2023, a projeção passou de US$ 70 bilhões para US$ 71 bilhões. Para 2024, a projeção subiu de US$ 70 bilhões para US$ 70,32 bilhões, enquanto para 2025, o IDP manteve-se em US$ 80 bilhões.

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