Economia

Mercado vê superávit fiscal de R$ 40 bi em 2022 e reversão para rombo de R$ 57,8 bi em 2023, mostra Prisma

13 out 2022, 12:11 - atualizado em 13 out 2022, 12:11
superávit
A estimativa é que a dívida bruta suba a 81,8% do PIB no ano que vem –acima dos 81,7% previstos no mês passado (Imagem: Pixabay/Lucas Miranda)

O mercado financeiro melhorou mais uma vez a projeção para o resultado primário do governo neste ano, mas voltou a piorar a estimativa para rombo em 2023 em meio a incertezas sobre o arcabouço fiscal e o cumprimento de promessas de campanha por candidatos, mostrou relatório Prisma Fiscal divulgado nesta quinta-feira pelo Ministério da Economia.

De acordo com o documento, que capta projeções de agentes de mercado para as contas públicas, a mediana das expectativas para o resultado primário do governo central em 2022 ficou em superávit de 40 bilhões de reais, ante saldo positivo de 30,5 bilhões de reais projetado em setembro. Se confirmado, será o primeiro resultado no azul em nove anos.

As estimativas do mercado apontam para uma elevação na projeção da receita líquida do governo, de 1,851 trilhão de reais para 1,861 trilhão de reais. Também houve um aumento nas expectativas para a despesa total, passando de 1,810 trilhão de reais no relatório anterior para 1,819 trilhão de reais na pesquisa deste mês.

Com a melhora nos dados do ano, os analistas consultados pela pasta reduziram a previsão para a dívida bruta do governo geral em 2022 para 77,55% do Produto Interno Bruto (PIB), ante 78,19% na pesquisa de setembro.

Para 2023, as projeções de mercado indicam um retorno ao déficit primário, com rombo ainda maior do que o previsto anteriormente.

A nova projeção aponta para déficit de 57,8 bilhões de reais, ante saldo negativo de 43,2 bilhões de reais no levantamento anterior.

A estimativa é que a dívida bruta suba a 81,8% do PIB no ano que vem –acima dos 81,7% previstos no mês passado.

Ainda não há clareza sobre o quadro fiscal do país em 2023. O Orçamento do ano que vem foi enviado ao Congresso pelo governo com a previsão de um rombo de 63,7 bilhões de reais, número que não incorpora promessas de manutenção do Auxílio Brasil em patamar elevado, que originalmente valeria até dezembro, e correção da tabela do Imposto de Renda.

Tanto o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quanto o presidente Jair Bolsonaro (PL), que disputarão o segundo turno das eleições, se comprometeram a implementar essas medidas, mas não definiram soluções para financiar as iniciativas.

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