Comprar ou vender?

Mercado vê Magazine Luiza como uma história de crescimento sem fim

26 maio 2020, 1:56 - atualizado em 26 maio 2020, 1:56
Magazine Luiza MGLU3
“Os investidores estariam embutindo projeções vistas como ‘irrealistas'”, disseram os analistas (Imagem: Money Times/Gustavo Kahil)

O resultado do Magazine Luiza (MGLU3) no primeiro trimestre de 2020 deve levar a uma reação positiva das ações na sessão da Bolsa desta terça-feira (26), avaliam os analistas do Credit Suisse em um relatório enviado a clientes após a divulgação do documento.

“Em suma, esperamos uma reação positiva no pregão de hoje, refletindo aos sinais encorajadores de crescimento no segundo trimestre de 2020”, dizem Victor Saragiotto e Pedro Pinto.

As vendas do e-commerce da varejista dispararam 72,6% no 1º trimestre de 2020, na comparação com um ano antes, mas não conseguiram se sobrepor aos efeitos negativos do fechamento de lojas por conta do coronavírus. A empresa, acostumada a acumular lucros a cada balanço, apresentou um prejuízo líquido ajustado de R$ 8 milhões.

O Magalu citou como motivos a consolidação da Netshoes e os investimentos adicionais em melhoria no nível de serviço. Considerando as receitas não recorrentes, o lucro líquido foi de R$ 30,8 milhões.

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As vendas do e-commerce da varejista dispararam 72,6% no 1º trimestre de 2020 (Imagem: Gustavo Kahil/Money Times)

Crescimento sem fim

Saragiotto e Pinto concluíram que o atual nível de preços das ações do Magazine Luiza leva como certeza uma “história de crescimento sem fim”. Os investidores estariam embutindo projeções vistas como “irrealistas”.

“Apesar do inegável forte momento, vemos as ações do Magazine Luiza a 2 vezes o valor da empresa sobre vendas (GMV) para 2021, que, a nosso ver, precifica um cenário de expectativas extremamente altas, sem muito espaço para problemas”, dizem.

Segundo eles, esse patamar de avaliação também assume um potencial desbloqueio de valor adicional, incluindo as iniciativas estratégicas – ainda iniciais (MaaS, IPDV e magalupay) ou taxas de crescimento irrealistas”.

O banco tem a recomendação neutra para os ativos, com preço-alvo de R$ 55.