Economia

Mercado vê déficit fiscal menor em 2025 e melhora projeção para dívida, mostra Prisma

16 jan 2025, 11:45 - atualizado em 16 jan 2025, 11:45
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(Imagem: iStock/cokada)

Economistas consultados pelo Ministério da Fazenda melhoraram a previsão para o resultado primário do governo em 2025 e revisaram para baixo a projeção para a dívida pública bruta como proporção do PIB neste ano, mostrou nesta quinta-feira (16) o relatório Prisma Fiscal de janeiro.

Segundo o relatório, a expectativa mediana agora é de saldo primário negativo de R$ 84,286 bilhões em 2025, ante visão anterior de déficit de R$ 87,265 bilhões.

O documento também passou a apresentar as previsões do mercado para 2026, apontando para um déficit de R$ 79,308 bilhões, ante R$ 78,779 bilhões em dados coletados no mês passado.

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Em relação à dívida bruta do governo geral, os economistas esperam que ela fique em 81,20% do Produto Interno Bruto (PIB) ao final de 2025, abaixo do patamar projetado em dezembro, 82,00%. Em 2026, a previsão é de que a dívida chegue a 84,70% do PIB, ante projeção anterior de 85,53%.

Os dados vêm em meio a preocupações persistentes do mercado com a capacidade do governo de melhorar a trajetória das contas públicas, com dúvidas sobre a sustentação do arcabouço fiscal, enquanto o choque nos juros básicos pelo Banco Central tende a elevar o custo da dívida pública.

O governo anunciou medidas de contenção de gastos no fim do ano passado, mas o pacote não foi bem digerido pelo mercado sob avaliação de que as iniciativas não serão suficientes para sanear as contas públicas e equilibrar a dívida.

Para a arrecadação federal, a expectativa mediana no Prisma subiu para este ano e o próximo. A nova projeção indica a entrada de R$ 2,844 trilhões em 2025, contra R$ 2,830 trilhões estimados no mês anterior. Em 2026, a arrecadação federal é vista em R$ 3,009 trilhões, contra R$ 2,993 trilhões projetados em dezembro.

Os economistas consultados no Prisma ainda subiram a projeção para as despesas totais do governo central neste ano para R$ 2,384 trilhões, de R$ 2,378 trilhões anteriormente. Para 2026, a estimativa subiu a R$ 2,546 trilhões, de R$ 2,527 trilhões em dezembro.

reuters@moneytimes.com.br