Mercado traz novas opções de crédito para PME
Com a Selic em 13,75%, as taxas de juros para empréstimos em bancos também ficam altas. O cenário é pouco atrativo para pequenas e médias empresas que precisam de capital, pois a contratação da dívida pode bagunçar ainda mais as contas se não houver planejamento.
Como opção, empreendedores podem recorrer a financiamentos menos tradicionais que aliam segurança e tecnologia.
No mundo dos investimentos, há modalidades de financiamento coletivo (crowdfunding), por exemplo, em que vários investidores oferecem dinheiro para determinada empresa em troca de uma porcentagem da receita.
Outras formas de captar são com investidores-anjo ou emissão de títulos de dívida para financiar projetos, as debêntures.
Alguns meios de obter capital exigem que a empresa esteja melhor estruturada, com escala e robusta. Para pequenos negócios, há opções de formar uma base de apoiadores ainda no começo da operação. Para quem investe, é possível começar com pouco dinheiro.
A plataforma DivHub, por exemplo, conecta o investidor com quem precisa do dinheiro, e em algumas oportunidades se pode começar com R$ 10. “Nosso instrumento não é pautado em dívida, a princípio. São investimentos com risco”, diz o CEO Ricardo Wendel.
Ele conta que a startup atua em dois formatos. Em um, a plataforma oferece investimentos coletivos, em sociedade, em que o investidor não entra no contrato social da empresa investida.
Segundo Wendel, o modelo não compromete captações futuras que a companhia venha a fazer.
No outro, de revenue share (compartilhamento de receita), a empresa divide uma porcentagem da receita bruta por um tempo determinado. No período, a pessoa pode ganhar o prometido, mais ou menos, a depender do escalonamento e da ativação da base apoiadora para fazer o negócio crescer. “A porcentagem é definida pelo potencial da empresa.”
Um exemplo de empresa que recorreu à plataforma para se financiar é a Love Cabaret, casa noturna paulistana localizada no antigo imóvel da boate Love Story. Em junho deste ano, a empresa captou R$ 1 milhão em 42 minutos para o projeto de inauguração.
Para os empreendedores que desejam captar recursos fora dos bancos tradicionais, a reportagem traz cinco alternativas a seguir.
Equity Crowdfunding
Nesse modelo, que é o trabalhado pela DivHub, os investidores injetam dinheiro em um financiamento coletivo para uma empresa. Em troca, além do retorno financeiro, podem receber benefícios exclusivos.
Investidores-anjo
São pessoas físicas ou jurídicas que investem em empresas com alto potencial de crescimento, que podem estar no início da operação. Além do suporte financeiro, a pessoa investidora pode gerar networking e levar conhecimento estratégico para a companhia.
Club Deal
O formato é usado por fundos de private equity, ou seja, uma estratégia privada, que não envolve oferta pública, como no equity crowdfunding. Aqui, investidores se unem para adquirir empresas ou participação societária com a intenção de promover o crescimento do negócio pela união das forças.
Ventura Capital
Voltado para empresas de até médio porte com alto potencial de escala, a captação depende do preparo do empreendedor para vender o negócio e, claro, da solidez da empresa.
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