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Mercado tem motivos de sobra para comemorar com a Vale, sugerem analistas

30 jul 2020, 15:31 - atualizado em 30 jul 2020, 15:31
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Os resultados do segundo trimestre de 2020 ficaram em linha com as estimativas dos analistas, tendo o Ebitda ajustado encerrado em US$ 3,6 bilhões (Imagem: Vale/Facebook)

A Vale (VALE3) reportou mais um conjunto positivo de resultados, afirmou a XP Investimentos. Os números do segundo trimestre de 2020 ficaram em linha com as estimativas dos analistas, tendo o Ebitda ajustado encerrado em US$ 3,6 bilhões (alta de 18% no comparativo anual).

O aumento de volumes e preços compensaram os custos do período. A divisão de minério de ferro apresentou um Ebitda de US$ 3,5 bilhões, enquanto o indicador de metais básicos totalizou US$ 563 milhões, superando em 35% as estimativas da corretora, que segue com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 61 para o papel.

Outra corretora que reafirmou a indicação de compra foi a Ágora Investimentos, com preço-alvo de R$ 85.

Retomada dos dividendos

Resultados robustos à parte, a atenção do mercado recaiu sobre a tão aguardada notícia da retomada de dividendos da companhia. O conselho de administração da Vale aprovou o pagamento de US$ 1,4 bilhão dos juros sobre o capital próprio (JCP) anunciados em dezembro de 2019 para 7 de agosto, além de dividendos mínimos a ser pagos em setembro.

De acordo com a XP, “a Vale deve negociar com um prêmio em relação aos pares com (1) mudanças estruturais no setor siderúrgico na China, que favorecem os prêmios de qualidade e, portanto, os produtos da companhia; (2) tendência de queda para os custos no longo prazo com a retomada das operações; e (3) retomada da política de dividendo: mínimo de 30% da diferença entre Ebitda e investimento em manutenção”.

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O Credit Suisse estima que o valor de dividendos mínimos a ser pago pela mineradora será de aproximadamente US$ 1,3 bilhão (Imagem: REUTERS/Denis Balibouse)

Com estimativas de aproximadamente US$ 1,3 bilhão para os dividendos mínimos, o Credit Suisse mostrou que pensa da mesma forma.

“Vemos o anúncio como um catalisador importante para a reavaliação da tese de ações da Vale, pois ele é uma peça-chave para fechar o gap entre a empresa e as gigantes australianas”, comentaram Caio Ribeiro e Gabriel Galvão, analistas do banco.

Top pick

O BTG Pactual (BPAC11) reiterou sua preferência pela Vale, considerando o desenvolvimento histórico da companhia e o cenário positivo do segundo semestre do ano. A equipe de análise acredita que a retomada da política de dividendos vai atrair fluxos adicionais ao modelo.

O BTG , assim como o Credit Suisse, manteve a recomendação de compra para as ADRs (American Depositary Receipts) da mineradora (VALE). Os preços-alvos indicados são de US$ 14 e US$ 16, respectivamente.

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