Mercado respira aliviado com BoJ afirmando que não vai elevar juros; o que esperar do Ibovespa (IBOV)
As bolsas asiáticas ainda estão se estabilizando após as quedas de segunda-feira. Mas, o mercado ganhou um momento de paz com o vice-presidente do Banco do Japão (BoJ), Shinichi Uchida, sinalizando que a autoridade monetária não deve elevar as taxas de juros.
Vale lembrar que no mês passado, o banco central elevou a sua taxa de depósito para 0,25%. Isso levou a uma aceleração do iene e desvalorização das bolsas locais.
Segundo falas feitas para líderes empresariais, o Japão não está na mesma posição que Estados Unidos e Europa estavam quando precisaram subir os juros para controlar a inflação.
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“O BoJ não irá aumentar sua taxa de juros quando os mercados financeiros e de capitais estiverem instáveis”, afirmou.
Ainda no Oriente, a China divulgou os dados da sua balança comercial: em julho, o país registrou um superávit de US$ 84,65 bilhões — abaixo da projeção de US$ 100 bilhões.
Enquanto as exportações avançaram 7% na taxa anualizada, as importações subiram 7,2%. As estimativas eram de 9,9% de crescimento para as exportações e alta de 3% para as importações.
As bolsas internacionais e futuros de Wall Street operam em alta.
O que esperar do Ibovespa
Por aqui, a agenda também está esvaziada — com destaque para os dados de produção de veículos — Por isso, o foco do mercado está na temporada de balanços do segundo trimestre.
Tem resultados da Aeris (AERI3), Banco Pan (BPAN4), C&A (CEAB3), Cogna (COGN3), Copel (CPLE6), CVC (CVCB3), Engie (EGIE3), Guararapes (GUAR3), Energisa (ENGI11), Qualicorp (QUAL3), Santos Brasil (STBP3), Tenda (TEND3) e Totvs (TOTS3).
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Mas os destaques mesmo vão para Banco do Brasil (BBAS3), Braskem (BRKM5), Casas Bahia (BHIA3), Eletrobras (ELET3), Minerva (BEEF3) e Inter (INBR32).
No caso do BB, o Goldman Sachs, os resultados não serão brilhantes, com desaceleração do faturamento e crescimento do lucro baixo, de um dígito.
O banco prevê lucro de R$ 1,9 bilhão, alta de 4% no trimestre e 4% no ano. A previsão é baseado em dados de seguros de abril e maio da agência reguladora estadual de seguros do Brasil (SUSEP).
Os investidores também devem repercutir o lucro recorrente gerencial de R$ 10 bilhões do Itaú (ITUB4) no segundo trimestre de 2024. Trata-se de uma alta de 15% ante o mesmo período do ano passado e ficou em linha com a expectativa da Bloomberg.
As American Depositary Receipts (ADRs) do Itaú (ITUB) sobe 1,17% a US$ 6,02 no pré-market nos EUA.
No último pregão, o Ibovespa (IBOV) recuperou as perdas da sessão anterior e encerrou o pregão em alta, após três pregões consecutivos de baixas.
O principal índice da bolsa brasileira fechou com alta de 0,80%, aos 126.266,70 pontos. O dólar à vista (USBRL) terminou a sessão a R$ 5,6574 (-1,46%).
Morning Times: Confira os mercados na manhã desta quarta-feira (07)
Bolsas asiáticas
- Tóquio/Nikkei: +1,19%
- Hong Kong/Hang Seng: +1,38%
- China/Xangai: +0,09%
Bolsas europeias (mercado aberto)
- Londres/FTSE100: +0,96%
- Frankfurt/DAX: +1,59%
- Paris/CAC 40: +1,60%
Wall Street (mercado futuro)
- Nasdaq: +1,33%
- S&P 500: +1,11%
- Dow Jones: +0,80%
Commodities
- Petróleo/Brent: +1,26%, a US$ 77,44 o barril
- Petróleo/WTI: +1,27%, a US$ 74,13 o barril
- Minério de ferro: -2,41%, a US$ 104,27 por tonelada, na Bolsa de Dalian
Criptomoedas
- Bitcoin (BTC): +4,49%, a US$ 57.532
- Ethereum (ETH): +2,99%, a US$ 2.530
Boa quarta-feira e fique de olho no Money Times para acompanhar as notícias do mercado!