Mercado repercute medidas do governo para controlar inflação dos alimentos; o que esperar do Ibovespa nesta sexta (7)

O mercado deve avaliar os reais efeitos das propostas na inflação de alimentos e também calcular o impacto da renúncia fiscal.  (Imagem: Pixabay/Alexas_Fotos)

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O governo chegou a uma solução para controlar a alta dos preços dos alimentos. A principal medida anunciada pelo ministro e vice-presidente Geraldo Alckmin é zerar a alíquota de importação da carne, café, açúcar, milho, óleo de girassol, azeite de oliva, sardinha, biscoitos, massas alimentícias e óleo de palma.

Também está nos planos a aceleração de municípios com Sisbi (Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal), que inspeciona abate de animais, de 1.500 para 3.000 cidades no país; o estímulo e prioridade para alimentos no financiamento via Plano Safra; negociar com governadores para isenção do ICMS de produtos da cesta básica, que já são zerados nacionalmente; fortalecer e acabar com os estoques reguladores; e lançar um programa de publicidade dos melhores preços.

E o mercado deve analisar de perto essas medidas: primeiro para avaliar os reais efeitos das propostas na inflação de alimentos e também para calcular o impacto da renúncia fiscal.

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As atenções também se dividem com a agenda de hoje. Por aqui, saem os dados do Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre. As projeções apontam para uma alta de 0,4% no período, enquanto o acumulado de 2024 deve fechar em 3,5%.

Além disso, o ministro Fernando Haddad será entrevistado pelo podcast Flow às 19h.

No último pregão, o Ibovespa (IBOV) estendeu os ganhos pela segunda sessão consecutiva e destoou do forte desempenho negativo das bolsas de Wall Street.

O principal índice da bolsa brasileira fechou com alta de 0,25%, aos 123.357,55 pontos.

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Já o dólar à vista (USBRL) encerrou as negociações a R$ 5,7597, um leve avanço de 0,06% sobre o real.

O iShares MSCI Brazil (EWZ), o principal fundo de índice (ETF) brasileiro em Nova York, subiu 0,45% no after-market de ontem, cotado a US$ 24,68.

O que esperar de Wall Street

Lá fora, o destaque vai para o payroll. A expectativa é da criação de 160 mil vagas de emprego, uma alta em relação aos 143 mil registrados em janeiro. A taxa de desemprego nos EUA deve permanecer em 4% e o salário médio pago por hora deve desacelerar para 0,3%.

Os números devem mexer com as apostas do futuro das taxas de juros americanas. No início da semana, uma redução da criação de vagas, registrada pelo relatório ADP, aumentou as projeções de que o Federal Reserve irá reduzir os juros em 0,75 ponto percentual até dezembro, com o início da retomada do ciclo de afrouxamento monetário em junho.

O mercado também repercute os vai e vem das tarifas de Donald Trump. A taxação de 25% sobre os produtos mexicanos e canadenses, que entrou em vigor na última terça-feira (4), já foi suspensa para alguns itens, após negociações e retaliações vindas do Canadá e México.

Além disso, Jerome Powell participa de um evento da Universidade de Chicago.

As bolsas asiáticas fecharam no negativo com as exportações chinesas crescendo 2,3%, abaixo das projeções de 8,4%. O mercado europeu cai, enquanto os futuros de Wall Street operam no positivo.

Agenda: Veja a programação para hoje

Indicadores econômicos

• 07h – Zona do euro – PIB do 4T24
• 09h – Brasil – PIB do 4T24
• 10h30 – EUA – Payroll
• 14h30 – Jerome Powell discursa em evento na Universidade de Chicago
• 15h – Brasil – Balança comercial de fevereiro
• 15h – EUA – Poços e plataformas de petróleo em operação
• 17h – EUA – Crédito ao Consumidor

Agenda – Lula

• 9h50 – Visita às áreas de produção de goiaba, café e milho em Campo do Meio (MG)
• 12h – Cerimônia de entregas e anúncios para a reforma agrária
• 13h35 – Fotografia com lideranças e movimentos sociais

Agenda – Fernando Haddad

• 19h – Entrevista ao vivo Flow Podcast com o apresentador Igor 3k

Agenda – Gabriel Galípolo

• ​Despachos internos

Morning Times: Confira os mercados na manhã desta sexta-feira (7)

Bolsas asiáticas

• Tóquio/Nikkei: -2,17%
• Hong Kong/Hang Seng: -0,57%
• China/Xangai: -0,25%

Bolsas europeias (mercado aberto)

• Londres/FTSE100: -0,33%
• Frankfurt/DAX: -1,25%
• Paris/CAC 40: -0,69%

Wall Street (mercado futuro)

• Nasdaq: +0,44%
• S&P 500: +0,29%
• Dow Jones: +0,14%

Commodities

• Petróleo/Brent: +1,22%, a US$ 70,31 o barril
• Petróleo/WTI: +1,21%, a US$ 67,16 o barril
• Minério de ferro: +0,19%, a US$  107,06 a tonelada em Dalian

Criptomoedas

• Bitcoin (BTC): -1,6%, a US$ 89.251,55
• Ethereum (ETH): -4,5%, a US$ 2.200,86

Boa sexta-feira e fique de olho no Money Times para acompanhar as notícias do mercado!