Economia

Prisma: Mercado corta projeções para déficit primário e dívida pública em 2025 e 2026

15 abr 2025, 12:31 - atualizado em 15 abr 2025, 14:19
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(Imagem: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Economistas consultados pelo Ministério da Fazenda melhoraram sua previsão para o resultado primário do governo em 2025 e 2026, prevendo também uma dívida pública bruta menor em ambos os períodos, mostrou nesta terça-feira o relatório Prisma Fiscal de abril.

Segundo o relatório, a expectativa mediana agora é de saldo primário negativo de R$ 73,657 bilhões em 2025, ante visão anterior de déficit de R$ 75,088 bilhões.

Para 2026, a expectativa para o resultado primário também melhorou e foi a um déficit de R$ 78,157 bilhões, ante R$ 79,469 bilhões previstos no mês passado.

Em relação à dívida bruta do governo geral, os economistas agora esperam que ela chegue a 80,50% do Produto Interno Bruto (PIB) ao final de 2025, abaixo dos 80,73% projetados em março. Em 2026, a previsão é de que a dívida chegue a 84,55% do PIB, ante projeção anterior de 84,89%.

Apesar da melhora nas previsões para o resultado primário, as estimativas ainda estão distantes das metas estabelecidas pelo governo de déficit zero em 2025 e superávit de 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2026.

Agentes de mercado têm demonstrado preocupação com a capacidade do governo de melhorar a trajetória das contas públicas, com dúvidas sobre a sustentação do arcabouço fiscal e a trajetória de gastos com a aproximação do ano eleitoral de 2026, enquanto o choque nos juros básicos pelo Banco Central tende a elevar o custo da dívida pública.

Para a receita líquida do governo, a expectativa mediana subiu para este ano e o próximo. A nova projeção indica a entrada de R$ 2,307 trilhões em 2025, contra R$ 2,302 trilhões estimados no mês anterior. Em 2026, o dado é visto em R$ 2,463 trilhões, contra R$ 2,457 trilhões projetados em março.

Os economistas consultados no Prisma ainda aumentaram a projeção para as despesas totais do governo central neste ano para R$ 2,381 trilhões, de R$ 2,380 trilhões anteriormente, e elevaram a R$ 2,559 trilhões em 2026, de R$ 2,541 trilhões antes.

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reuters@moneytimes.com.br
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