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Mercado Livre (MELI34): CEO vê e-commerce brasileiro como o mais concorrido do mundo, mas asiáticas não preocupam

08 abr 2025, 11:23 - atualizado em 08 abr 2025, 13:11
mercado livre
Fernando Yunes falou com jornalistas em evento de anúncio de investimentos do Mercado Livre (Imagem: Divulgação/Mercado Livre)

O Mercado Livre (MELI34), que viu seu lucro crescer quase quatro vezes no quarto trimestre de 2024, não parece preocupado com impactos das tarifas implementas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no impulso da concorrência asiática no Brasil.

Uma eventual ampliação da oferta de produtos chineses por aqui, em um cenário de perda do espaço nos Estados Unidos com a tensão travada entre os países, é possível, na visão de Fernando Yunes, CEO do Mercado Livre Brasil.

“Talvez esse movimento todo das asiáticas virem para o Brasil ocorre pelo tamanho do mercado brasileiro e também por uma dificuldade maior com os Estados Unidos. Acho que são as duas coisas em paralelo”, disse à jornalistas durante evento no centro logístico de Cajamar.

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No entanto, para o executivo, o aumento dos impostos dos Estados Unidos para a China não deve mudar drasticamente o mercado brasileiro.

Ainda que reconheça o movimento de entrada e consolidação de empresas asiáticas e classifique o e-commerce brasileiro como o mais concorrido do mundo, ele recorda as recentes mudanças no Programa Remessa Conforme.

Yunes comenta que os impostos quase normalizaram em relação ao que o varejo nacional paga, embora ainda falte um pouco mais, nas contas do Mercado Livre.

“Antes de terem os impostos, aí sim, a concorrência estava muito desleal. Agora está mais justa e a gente vai seguir trabalhando com as empresas, com os vendedores aqui”, afirma.

Mercado Livre anuncia aporte recorde no Brasil

Na segunda-feira (7), o Mercado Livre anunciou um aporte de R$ 34 bilhões no Brasil para 2025, montante 47,8% maior do que o realizado em 2024. Excluindo o efeito cambial, o crescimento é de 32%.

O investimento é recorde e será direcionado para tanto para logística, tecnologia para e-commerce e serviços financeiros, programas de loyalty e entretenimento, ações de marketing e reforço no quadro de funcionários da gigante do e-commerce.

O montante corresponde ao investimento da empresa em bens de capital somados a uma parcela das despesas operacionais associadas ao desenvolvimento das prioridades de negócios da companhia.

A companhia se comprometeu ainda com a criação de 14 mil postos de trabalho em sua operação no Brasil neste ano. Caso se concretize, o Mercado Livre irá superar a marca de 50 mil funcionários no país.

O aporte deste ano configura o oitavo aumento consecutivo dos recursos destinados ao país.

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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