Mercado Livre (MELI34): Às vésperas do balanço, Goldman Sachs corta preço-alvo em 27%
O Goldman Sachs avaliou o preço-alvo das ações do Mercado Livre (MELI) a US$ 1.700,00 ao final deste ano na Nasdaq, uma alta de 69,7% em relação ao valor de referência do ativo, de US$ 1.001,65.
O banco manteve a recomendação de compra para os papéis da varejista. No Brasil, a empresa é negociada na B3 sob o ticker MELI34 – cotado a R$ 47,40 nesta quarta-feira (26), por volta das 11h.
A nova precificação acontece semanas antes do balanço relativo ao quarto trimestre do ano passado, que deve ser publicado até março. O valor também representa um corte de 27% na avaliação anterior do banco sobre a companhia, quando o preço-alvo foi colocado a US$ 2.330.
O Goldman Sachs avalia que os fundamentos da empresa de varejo eletrônico “permanecem fortes, especialmente no comércio eletrônico e espaço para aumentos incrementais nas taxas de participação”.
Os analistas projetam um crescimento GMV (Valor Bruto em Mercadoria, na sigla em inglês) no Brasil de 21% frente o quarto trimestre de 2020, além de um aumento na receita total de 48% e margem de lucro operacional de 2,5%.
Além disso, apesar das preocupações com o cenário macroeconômico brasileiro, o relatório aponta que a companhia está menos exposta ao cenário macro e de demanda no Brasil do que seus concorrentes (como a Magalu e a Via), “uma vez que está relativamente menos exposta a uma desaceleração em certas categorias, como consumidor eletrônicos e duráveis”.
Outro ponto é a pressão inflacionária, uma dinâmica que os especialistas do banco enxergam como propícia à contínua mudança online do setor de varejo e favorável para o Mercado Livre, devido ao seu amplo sortimento.
No entanto, eles ressaltam que é importante manter atenção no cenário do mercado, já que essa dinâmica pode mudar facilmente com o ritmo de propagação do Covid-19 e a variação no fluxo de pessoas em lojas físicas.
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