Comprar ou vender?

Mercado Livre: Às vésperas do balanço, Goldman Sachs diz que ação ainda pode subir 56%

22 out 2021, 16:23 - atualizado em 22 out 2021, 16:37
Mercado Livre
As ações subiram 16% no último ano, mesmo em meio ao processo de reabertura econômica. (Imagem: Reuters/Divulgação Mercado Livre)

Às vésperas da divulgação do balanço do Mercado Livre (MELI), o Goldman Sachs emitiu um relatório reiterando a recomendação de compra para as ações da companhia, que também tem BDRs negociados na B3 (MELI34).

O banco estabeleceu preço-alvo em 12 meses de US$ 2,470 mil para os papéis no exterior, o que equivale a um potencial de alta de 56%. As ações subiram 16% no último ano, mesmo em meio ao processo de reabertura econômica, que tem levado investidores a ações de empresas mais tradicionais.

Para o Goldman Sachs, o Mercado Livre deve apresentar, em balanço do terceiro trimestre a ser divulgado no próximo dia 4, um crescimento do volume de vendas no Brasil pelo critério GMV de 25% na base anual.

“Os investidores vão perceber a consistência da taxa acumulada de dois anos [do volume de vendas], especialmente tendo em vista uma possível desaceleração mais pronunciada dos concorrentes no Brasil”, diz trecho do relatório assinado por Irma Sgarz, Felipe Rached e Gustavo Fratini.

Os analistas falam de um avanço acumulado de 118% em 24 meses. Magazine Luiza (MGLU3) teria um avanço de 20% no terceiro trimestre, implicando um crescimento acumulado em dois anos de 198%, abaixo dos 310% e 267% do segundo trimestre e primeiro trimestre, respectivamente.

“Para Americanas (AMER3) e Via (VIIA3), projetamos crescimento de 32% na base anual e 34%, respectivamente, também implicando uma desaceleração nos dois anos”, dizem os analistas.

O comércio eletrônico brasileiro, excluindo o Mercado Livre, cresceu em média 19% no terceiro trimestre, na comparação anual, segundo dados do índice MCC-Enet.

Em termos absolutos, o Goldman Sachs espera que o Mercado Livre acrescente R$ 3,4 bilhões em GMV no Brasil no terceiro trimestre, à frente de Americanas, com R$ 2,3 bilhões, Magazine Luiza, com R$ 1,6 bilhão, e Via, com R$ 1,4 bilhão.

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