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Mercado já precificou aumento de impostos aos bancos, risco no longo prazo

03 mar 2021, 10:13 - atualizado em 03 mar 2021, 13:16
Itaú ITUB4
A XP Investimentos avalia como exagerada a queda dos papéis do setor bancário na véspera (Imagem: Reuters/Sergio Moraes)

Desde o início da pandemia de Covid-19, o mercado já monitorava o possível aumento da Contribuição Social sobre Lucro Liquido (CSLL) aos bancos, medida concretizada pelo presidente Jair Bolsonaro nesta segunda-feira (1°).

A cobrança maior às instituições financeiras reflete a compensação do governo federal por zerar as alíquotas do PIS/Cofins incidentes sobre a comercialização e a importação do óleo diesel, por dois meses, e do gás de cozinha, sem um prazo definido.

“O aumento de 5% na CSLL traz impactos moderados nos lucros das instituições financeiras e apenas no curto prazo. O problema maior é o aumento dos riscos de interferência política no setor, vide as recorrentes imposições de teto sobre taxas de juros em linhas de crédito“, alerta o analista Matheus Amaral, do Inter Research.

O analista explica que o aumento nos impostos sobre o valuation dos bancos já estava embutido nas avaliações do Inter, e que ainda assim as ações encontram-se descontadas, com boa oportunidade de entrada.

Na mesma pegada, a XP Investimentos avalia como exagerada a queda dos papéis do setor bancário na véspera (2), uma vez que o impacto “é limitado para 2021”.

A corretora reitera recomendação de compra para Bradesco (BBDC4) e Banco do Brasil (BBAS3) e neutra para Itaú Unibanco (ITUB4) e Santander (SANB11).

Veja a seguir as recomendações do Inter Research para o setor bancário:

Empresa Ticker Recomendação Preço-alvo (R$) Valorização (%)
Itaú Unibanco ITUB4 Compra 33,5 35
Bradesco BBDC4 Compra 34 53
Santander SANB11 Neutra 47 27
Banco do Brasil BBAS3 Neutra 40 44