Mercado interno e China sem novidades arrastam o boi no físico e na bolsa
As indicações de compra do mercado físico do boi gordo saíram da neutralidade de dias seguidos – mas para baixo. Os frigoríficos ficaram praticamente fora do balcão, que em dia de poucos negócios deprime mais a arroba, tanto pelo mercado interno sem sustentação quanto pelo fator China, que vinha segurando o mercado em banho Maria enquanto se vigiava a possibilidade de novas plantas exportadoras serem habilitadas para lá.
Tanto que no mercado futuro da bolsa de São Paulo mais uma queda (0,68%) do contrato outubro foi registrada para R$ 160,70, depois de várias. Enquanto o físico perdeu entre R$ 0,50 e R$ 0,30 em São Paulo, no preço à vista, e dando mais alinhamento entre as referências, como as da Scot e da Agrifatto.
A primeira consultoria trouxe o valor da arroba a R$ 152,00 e a segunda pouco acima dos R$ 153,00.
O Cepea/Esalq, que registrou tentativa de produtores segurando a pressão há dois dias, ontem também notou perda de mais de 1% nos valores paulistas, com média de negociação em R$ 151,65.
Pelo ciclo da pecuária, deverá chegar não muito tarde o ponto de virada, com o pico da entressafra chegando e a oferta de bois mais restrita aos confinadores, além dos últimos lotes de vacas sendo eliminados. Há apostas também em relação às compras do varejo para a primeira semana do pagamento de agosto, mais Dia dos País, mas há cuidado nessa variável que pouco teve forca em 2019.
Mas bem ou mal, a folga dos frigoríficos pode acabar com o fim das escalas atuais, que vão para 10 a 12 dias de bois contratados nos grandes grupos.
Nas outras praças originadoras de bois – até mais que São Paulo, porém com menor expressão e consumo e exportações -, houve estabilidade neste penúltimo dia útil da semana.
Sexta, quando a liquidez do físico é menor ainda, não deve ser diferente.