Mercado interno anula preço de boi de entressafra, apesar de oferta ruim e tudo seco há tempos
As altas médias da @ foi boi gordo entre julho e final de agosto de 2019 chegou a R$ 7. Em 2021, está entre soluços de idas e voltas, praticamente sem sair da faixa dos R$ 316 a R$ 320 há várias semanas em São Paulo, sem dar mostras de valorização tradicional quando há redução forte da oferta de animais.
Como as pastagens estão mais secas há muito tempo pela falta de chuvas, e depois atacadas pelas geadas no Sudeste e parte do Centro-Oeste, já era para ter boi de entressafra há bom tempo, como no ano retrasado.
Ou seja, a oferta é baixa, mesmo assim os frigoríficos conseguiram alongar as escalas de abate nos últimos dias.
Caio Toledo Godoy, consultor de gerenciamento de riscos da StoneX, não arrisca um palpite sobre o valor potencial que poderia estar, mas admite que o consumo doméstico fraco faz a diferença nessa falta de força do animal frente a uma escassez de oferta que já vem desde o começo do ano.
“A demanda interna tem muita importância nessa equação e se não fosse isso a @ estaria bem mais valorizada”, diz o analista, fazendo um comparativo com as exportações que, também, não estão puxando as altas como em períodos anteriores.
É verdade que em 2019 não havia a pandemia instalada, mas também o consumo interno era lento, ainda que melhor que 2020 e que neste ano.
Por sinal, o ano passado também as cotações positivas de entressafra vieram mais tarde, mesmo porque o clima adverso se acentuou no segundo semestre.
É importante lembrar, ainda, que o rebanho nacional ficou mais curto, diante do menor número de fêmeas indo para a abate – há retenção de matrizes pela valorização da cria -, e os últimos números do IBGE apontam para queda nos abates.