Mercado imobiliário primário apresenta crescimento de 8,5% em lançamentos em 2024

O mercado imobiliário primário brasileiro manteve um ritmo de crescimento acelerado em 2024, com um aumento de 8,5% no número de lançamentos, totalizando 167 mil novas unidades. Dados divulgados pelo Anuário DataZAP também revelam um incremento de 7,4% no volume de imóveis transacionados, passando de 151 mil para 162 mil.
De acordo com o levantamento, a categoria de imóveis econômicos foi o principal motor desse crescimento, com aproximadamente 93 mil unidades lançadas.
- Acompanha o Giro do Mercado? Veja as 5 top picks FIIs para comprar agora, segundo o analista Caio Araujo
Entre as capitais analisadas, Goiânia se destacou com o maior aumento no número total de lançamentos, registrando uma alta de 22%. No segmento econômico, Curitiba apresentou o melhor desempenho, com um crescimento de 66%.
Além disso, o Rio de Janeiro também teve uma participação relevante no cenário de crescimento, com uma expansão significativa nas faixas de médio alto padrão (33%) e luxo (49%).
A capital carioca registrou um dos maiores preços na categoria de luxo, com o metro quadrado atingindo R$ 21,1 mil, ficando atrás de São Paulo (R$ 22,8 mil) e Florianópolis (R$ 21,6 mil).
Coriolano Lacerda, gerente de Pesquisa e Inteligência de Mercado do Grupo OLX, afirmou que o mercado imobiliário em 2024 demonstrou uma forte polarização de comportamento.
Os imóveis econômicos, especialmente aqueles enquadrados no programa Minha Casa Minha Vida, lideraram a demanda, atendendo a uma parcela considerável da população. Ao mesmo tempo, Lacerda explica que o mercado de luxo demonstrou resiliência, atraindo um público de maior poder aquisitivo.
Previsões para o mercado em 2025
De acordo com o levantamento, as previsões para 2025 apontam para um cenário promissor no setor de luxo, impulsionado pelas incorporadoras. A expectativa de recuperação econômica deve contribuir para o aumento da renda dos consumidores de alta renda, elevando a demanda por imóveis de alto padrão.
Esse segmento, considerado menos sensível às variações nas taxas de juros de financiamento, deve continuar sustentado por compradores que geralmente utilizam recursos próprios ou condições de pagamentos diferenciadas.