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Mercado imobiliário: Por que apostar em ativos digitais para atrair clientes?

20 jul 2022, 17:16 - atualizado em 20 jul 2022, 17:16
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“Se apenas 0,5% do mercado imobiliário global passar pela transformação em ativos digitais, ainda assim movimentará um valor de cerca de US$ 1,4 trilhão”, explica Marcelo Magalhães (Imagem: Montagem Pedro Guilherme Costa / Shutterstock)

Por Marcelo Magalhães *

A importância do mercado imobiliário para a economia de um país é tamanha que o setor é encarado como o termômetro de desenvolvimento. Isto é, ele reflete e antecipa tendências e movimentos que costumam impactar todo o país.

Quando o desempenho está bom, por exemplo, é sinal de recuperação econômica. O contrário também ocorre: resultados ruins acendem o sinal de alerta em outras áreas. A questão é que isso vale não apenas para resultados financeiros, mas também para outras características, como o comportamento do consumidor e as novas formas de se relacionar com eles.

É o que se observa atualmente com a entrada de diferentes soluções que buscam aproximar os clientes (tanto os já existentes quanto os potenciais) das empresas e dos prestadores de serviços que integram esse ecossistema. A mais recente – e eficiente – iniciativa se dá com a utilização dos ativos digitais ao longo de todo o processo de negociação dos bens imóveis.

É graças aos tokens que a ideia de transformação digital ganhou espaço dentro do mercado imobiliário, oferecendo uma oportunidade de impactar positivamente as transações.

Bastante tradicional e conservador, o mercado imobiliário costuma ser avesso às mudanças bruscas nesse relacionamento entre público e as organizações. Afinal, estamos falando de bens que demandam burocracia e, na maioria dos casos, envolvem grandes investimentos.

Porém, a necessidade de compreender os desejos e necessidades de uma nova geração de pessoas, que utilizam cada vez mais os recursos digitais em todos os processos de suas vidas, fez esse setor se render aos tokens, sobretudo os de utilidade.

Para se ter uma ideia do tamanho da proposta de tokenização no mercado imobiliário global, se apenas 0,5% do setor passar pela transformação em ativos digitais, ainda assim movimentará um valor de cerca de US$ 1,4 trilhão. A projeção é da consultoria Moore Global, que levou em conta a estimativa de US$ 280 trilhões nas transações envolvendo bens imóveis.

O número positivo apenas evidencia a importância crescente desse tema em todo o ecossistema. Mas quais são as vantagens que esse fenômeno possui para atrair clientes e alcançar esse resultado? A resposta passa por duas características valorizadas no ambiente digital: a agilidade e a segurança.

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Negociações mais rápidas (e melhores) no mercado imobiliário

“O utility token no mercado imobiliário busca aglutinar todo esse ecossistema em uma única plataforma”, diz Magalhães (Imagem: Freepik/upklyak)

Seja para morar, seja como ativo de investimento, comprar um imóvel no Brasil não é uma tarefa simples. Primeiro pelo tempo de negociação. Entre o interesse, as conversas e o contrato assinado, é natural levar semanas ou até meses de conversa. Depois, pela dificuldade de acessar diferentes serviços inerentes ao acordo, como o de advogados, engenheiros e demais profissionais.

O utility token no mercado imobiliário busca aglutinar todo esse ecossistema em uma única plataforma. Além de servirem como moeda de troca, ou seja, serem usados para adquirir produtos e serviços, esses ativos tem como principal vantagem permitir que o cliente tenha tudo o que precisa para a negociação de imóveis em uma única ferramenta.

Assim, em vez de levar muito tempo, é possível rapidamente fechar o negócio e fazer aquilo que deseja, como reformar, construir, etc.

Segurança e transparência nas transações

Além de ágeis, as negociações imobiliárias também ganham uma camada a mais de proteção. Os tokens são desenvolvidos com a tecnologia blockchain, que transporta a informação digital em pequenos blocos criptografados e quase invioláveis.

Ou seja, mesmo que um cibercriminoso consiga decifrar o conteúdo de um bloco, ele não terá acesso a toda a informação – seja ela financeira, documental, entre outros.

Assim, é possível reduzir o risco de fraudes nas negociações e, claro, trazer mais confiança ao processo. Dessa forma, os empreendimentos imobiliários podem ganhar escala e, principalmente, atingir novos usuários que por diversos motivos não teriam condições de entrar nesse ecossistema. É uma forma de democratização justamente porque o mercado deixa de ser visto como burocrático para se tornar algo inovador.

Tokens representam o futuro do mercado imobiliário

Essas são duas das principais características que fazem os tokens atraírem cada vez mais atenção dos consumidores e empresas pelo mundo.

Não apenas o mercado imobiliário, mas outros setores começam a dar cada vez mais espaço aos ativos digitais, como varejo, entretenimento, esportes, finanças, e por aí vai. Quanto mais a transformação digital avança, mais eles se tornam importantes.

Portanto, cabe às empresas se adaptarem a esta nova realidade e, evidentemente, desenvolverem projetos que atendam aos interesses de seus públicos. No caso do mercado imobiliário, está claro que o cliente quer, cada vez mais, segurança e agilidade para encontrar – e concretizar – boas oportunidades de negócio. Com os tokens, o ecossistema literalmente dará a chave para ele acessar esse novo mundo de possibilidades.

*Marcelo Magalhães é CEO da Ribus, plataforma de integração blockchain voltada ao mercado imobiliário

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