Mercado imobiliário: confira as tendências para 2025
O ano de 2025 já começou. E, assim, vem a pergunta de sempre: quais serão as tendências do mercado imobiliário para o ano?
Não temos uma bola de cristal para cravar o que vai acontecer, ainda mais que vivemos em um país de fortes emoções. Porém, é possível prever algumas coisas que vão movimentar o segmento logo que janeiro começar.
Pensar nisso é animador, visto que as festas de final de ano são carregadas de novas esperanças, tanto para o lado pessoal quanto para o profissional. Os representantes da CBIC e Brain Inteligência Estratégica já debateram possíveis tendências e desafios do setor e, neste artigo, quero dar minha visão sobre o que pode acontecer.
Recuperação do crédito imobiliário e alta de juros
A recuperação do crédito imobiliário observada em 2023 deve continuar a influenciar o setor da construção civil em 2025. O aumento no financiamento de imóveis, tanto em volume quanto em valores médios, demonstrou que o mercado está mais aquecido, o que favorece a expansão das vendas e dos lançamentos.
A utilização de recursos como o FGTS e os ajustes no programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) têm sido atores importantes ao garantir maior acessibilidade para as famílias de baixa renda. A manutenção desse cenário exigirá estratégias específicas para lidar com as oscilações econômicas e políticas, como o aumento do teto do FGTS na faixa 2.
Por outro lado, a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a Taxa Selic em 1% intensificou os desafios enfrentados pela economia brasileira. Os juros elevados restringem o acesso ao crédito, dificultam investimentos e ampliam as despesas financeiras de famílias e empresas.
Adaptação às condições econômicas e novos modelos de financiamento
Motivada pelo aumento de juros, a construção civil enfrentou a necessidade de adaptação às mudanças no cenário econômico em 2024 — movimento que tende a se manter em 2025.
Por isso, estratégias ajustadas ao contexto, como a diversificação dos produtos oferecidos e a reformulação de práticas de financiamento, aparecem como ações importantes para manter a competitividade.
Uma oportunidade é a ampliação de novos imóveis, vinda das mudanças do MCMV e pelo crescimento do orçamento do FGTS para 110 bilhões em 2025.
Ainda, o fortalecimento da parceria entre empresas, entidades e governos estaduais, como o Casa Paulista no estado de São Paulo, é uma saída para mitigar os impactos das oscilações econômicas na área e auxiliar o cliente no fechamento da compra.
Velocidade de vendas como indicador de estratégias futuras
As vendas são o melhor balizador para qualquer estratégia. Afinal, mais vendas significam a construção mais aquecida.
Assim, o ritmo acelerado das vendas observado nos últimos anos continuará a ser um termômetro importante para o setor. A partir desse panorama, empresas ajustam seus processos de pré-lançamento, lançamento e precificação, especialmente em segmentos voltados para a baixa renda.
A velocidade com que imóveis são vendidos reflete tanto a demanda quanto a capacidade de adaptação das empresas às novas condições do mercado. Mas, cuidado: não adianta focar demais em vender sem ter uma gestão bem planejada, principalmente de aumento do ticket médio no decorrer da construção.
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Reforma tributária
A proposta de reforma tributária aprovada pelo Senado, na última semana, tem no seu texto-base a redução de 50% na alíquota para o setor imobiliário e regra de transição clara.
O plenário do Senado aprovou os principais pleitos apresentados pela ABRAINC e demais entidades do setor da Construção Civil.
Principais conquistas aprovadas pelo Senado
- Alíquota para incorporação: aumento no redutor de 40% para 50%;
- Alíquota para locação: aumento no redutor de 60% para 70%;
- Regra de transição: garantida a opção de aplicação da alíquota de 2,08% para todos os empreendimentos que estiverem com Registro de Incorporação, Patrimônio de Afetação e protocolo até 31/12/2028.
As alterações não impactarão negativamente o mercado imobiliário, o que é uma ótima notícia a todos que estavam preocupados com o que poderia acontecer.
Parcerias como alavanca para a resiliência
Já diz o ditado “a união faz a força”. E, para este ano, alianças estratégicas podem viabilizar iniciativas voltadas para habitação popular, infraestrutura e modernização. Essa integração tem o potencial de fortalecer o segmento como um todo, promover a criação de empregos e estimular a economia local.
A construção de um ambiente de cooperação deve ser acompanhada de ações concretas, como a criação de políticas públicas alinhadas às necessidades do setor e o incentivo ao desenvolvimento de tecnologias que promovam maior produtividade e redução de custos.
O que vai acontecer, na realidade, em 2025, foi muito bem definido pela ABRAINC nas últimas notícias divulgadas, em que a entidade diz ser urgente que o governo faça cortes nos gastos públicos para estabelecer o equilíbrio fiscal de longo prazo.
Com esse cenário e de olho no andar da carruagem, as empresas têm tudo para se manterem competitivas em um mercado em crescimento. Que o ano seja repleto de novas oportunidades e negócios para o setor. Tenho a confiança de que, daqui a um ano, estarei escrevendo que 2025 foi um sucesso para a área imobiliária.