Petróleo

Mercado global de petróleo pode ter superávit inédito, avalia IHS Markit

16 mar 2020, 7:27 - atualizado em 16 mar 2020, 7:27
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A queda brusca e repentina da demanda mundial de petróleo é a principal razão do superávit (Imagem: Reuters/Nick Oxford)

Após forte queda da demanda e reviravolta na política de produção da Arábia Saudita, os mercados globais de petróleo podem enfrentar o maior superávit já registrado, segundo a IHS Markit.

Se a guerra de preços entre o reino saudita e a Rússia persistir e houver uma recessão global devido ao coronavírus, o superávit de petróleo poderá aumentar para entre 800 milhões e 1,3 bilhão de barris nos primeiros seis meses deste ano, disse a consultoria do setor em relatório.

“Nunca houve um superávit global desta magnitude”, disse Jim Burkhard, vice-presidente e responsável de mercados de petróleo da IHS Markit. “Antes disso, o maior excedente global de seis meses deste século foi de 360 milhões de barris. O que está por vir será o dobro disso ou mais.”

A queda brusca e repentina da demanda mundial de petróleo é a principal razão do superávit, enquanto a desvalorização dos preços foi exacerbada pela decisão saudita de aumentar a oferta em 2,6 milhões de barris por dia, segundo a IHS Markit. A Rússia disse que pode aumentar a produção diária entre 300 mil a 500 mil barris por dia.

O maior excedente anterior de seis meses – a quantidade de produção global que excede a demanda – registrado desde 2000 ocorreu de 2015 até o início de 2016, disse a IHS. Mensalmente, o excedente pode variar de 4 milhões a 10 milhões de barris por dia de fevereiro a maio. A demanda em março e abril pode cair até 10 milhões de barris por dia.

A indústria petrolífera dos Estados Unidos deve carregar o peso do superávit recorde neste ano e no próximo, disse a consultoria. A produção dos EUA pode cair de 2 milhões a 4 milhões de barris por dia nos próximos 18 meses.

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