Mercado exagerou na queda das ações da Marcopolo, indica Planner
A Marcopolo (POMO4) deve enfrentar um segundo semestre melhor que o primeiro, mesmo com uma queda de 36,9% nas ações, contra 16,8% do Ibovespa, revela relatório da Planner enviado a clientes nesta segunda-feira (6).
A corretora atualizou o preço-alvo das ações da fabricante para R$ 3,50, ante os R$ 4,60 anteriores, potencial de valorização de 26%.
“Acreditamos numa paulatina retomada dos volumes vendidos no Brasil e nas subsidiárias do exterior a partir do segundo semestre”, afirma o analista Luiz Francisco Caetano, que assina o documento.
Para ele, apesar da Associação Nacional dos fabricantes de Automotores (Anfavea) prever uma redução de 52% nas vendas de ônibus em 2020, uma encomenda de veículos para Programa Caminho da Escola de cerca de 4 mil unidades deve amortecer os impactos das perdas.
No primeiro semestre, foram entregues 623 unidades, sendo 259 micros, 318 urbanos e 46 modelos Volare para o programa.
Ônibus para o novo-normal
Em busca de se adaptar às mudanças provocadas pelo coronavírus, a Marcopolo criou modelos com maior espaçamento entre as poltronas e uma série de itens para evitar contaminação viral, demanda que considera que será permanente após a pandemia.
Projetados principalmente para operadoras de viagens intermunicipais ou interestaduais ou para uso corporativo interno, os novos ônibus têm capacidade reduzida de passageiros.
“Com isso, as empresas de transporte poderão voltar mais rápido à plena operação. Os produtos incluem o uso de luz ultravioleta com ação antimicrobiana nos sanitários, desinfetante que utiliza nanopartículas, além de proteções para motoristas e cobradores”, afirmou Caetano.