Mercado está subestimando potencial da WEG, aponta BofA
O mercado ainda não precificou corretamente o potencial que a geração de energia solar pode trazer para a WEG (WEGE3), afirma o Bank Of America (BofA) em relatório enviado a clientes.
Segundo estimativas do banco, a divisão solar da companhia cresceu 180% nos últimos quatro anos, o que representa vendas de mais de R$ 2 bilhões.
“Assim, um segmento que era irrelevante em 2017 agora representará cerca de 40% da receita do GTD”, diz.
Para a equipe de analistas, as vendas da WEG devem fechar 86% acima da média anual dos últimos três anos e representar 37% do faturamento total, “demonstrando como esse crescimento disruptivo foi relevante para o desempenho geral da empresa”.
“Esse número notável reforça nossa visão de que a prática comum de usar apenas o portfólio atual de produtos da WEG para projetar vendas futuras tende a subestimar significativamente a receita líquida de longo prazo”, completa.
Não sem riscos…
Entre os riscos apontados pelo BofA, está a total dependência do setor da China em um cenário de gargalos na cadeia de suprimentos, o que aumenta o tempo de pedidos em carteira.
O banco lembra que a expansão da capacidade solar dos EUA para 2022, por exemplo, foi reduzida em 25% pela Wood Mackenzie devido aos desafios da cadeia de suprimentos.
Energia solar no Brasil
A adoção da geração distribuída (GD) no Brasil cresce em um ritmo rápido (a 150% de Taxa de Crescimento Anual Composta entre 2017 e 2021), e agora é responsável por 8 gigawatts de capacidade.
Só em 2021, os dados indicam expansão de 80%, enquanto a carteira de pedidos para geração centralizada ultrapassa 25 gigawatts. Olhando para as importações de painéis fotovoltaicos, os números aumentaram 99% no ano passado, recorda o BofA.
“Esperamos que essa tendência continue avançando, já que a geração solar responde por apenas 4% da capacidade de geração do país”, conclui.