Internacional

Mercado está frustrado, mas China deve anunciar mais medidas de estímulos à economia, diz economista da Julius Baer

08 out 2024, 10:35 - atualizado em 08 out 2024, 12:39
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Bolsas asiáticas perdem força e commodities caem após anúncio das medidas econômicas da China. (Foto: glaborde7/ Pixabay)

O mercado já acordou de mau humor nesta terça-feira (8). O motivo é o novo pacote de estímulos à economia anunciado pela China.

O governo chinês adiantará 100 bilhões de yuan (cerca de US$ 14,1 bilhões) do orçamento de investimento de 2025 e outros 100 bilhões de yuan serão destinados para projetos de construção. Além disso, continuará com a emissão de títulos governamentais especiais de prazo ultralongo para o ano que vem.

A expectativa do mercado era de um pacote de trilhões de yuan. Também preocupam as projeções de uma desaceleração dos indicadores econômicos na China em setembro.

A reação dos investidores durante o anúncio foi negativa. O destaque negativo para Hang Seng, que afundou 9,41%, e, apesar de ter fechado com alta de 4,59%, a bolsa de Xangai estava subindo em torno de 10% antes das novas medidas.

Do lado das commodities, o minério de ferro caiu 2,37%, a US$ 111,08 por tonelada em Dalian, chegando a afundar 5%. Até o petróleo passou a cair com o aumento da aversão ao risco na Ásia, mesmo com as pressões vindas das tensões no Oriente Médio.

China pode anunciar mais medidas para ajudar a economia

Apesar do pessimismo, Sophie Altermatt e Richard Tang, economista e analista, respectivamente, da Julius Baer, estimam que novas medidas podem ser anunciadas nas próximas semanas.

Segundo eles, a coletiva de imprensa da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (NDRC, sigla em inglês) estava alinhada com a retórica da última reunião do Politburo — principal órgão decisório do Partido Comunista –, com prioridades como:

  • melhorar o cenário macroeconômico;
  • expandir a demanda interna;
  • apoiar as empresas;
  • estancar o declínio no setor imobiliário;
  • e impulsionar o mercado de capitais na China.

“A coletiva de imprensa realizada hoje pela NDRC não contou com a presença de autoridades do Ministério das Finanças. Portanto, o evento foi amplamente focado em articular a direção-geral das políticas econômicas do governo, em vez de apresentar números específicos e detalhes sobre políticas fiscais individuais”, afirmam.

Altermatt e Tang apontam que medidas fiscais adicionais podem ser anunciadas nas próximas semanas, antes ou por volta da próxima reunião do Comitê Permanente do Congresso Nacional do Povo, que está previsto para acontecer entre final de outubro e início de novembro.

 

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