Economia

Mercado eleva perspectiva para dólar a R$ 4,15 para 2020 e 2021

26 fev 2020, 14:23 - atualizado em 26 fev 2020, 14:23
Dólar
O dólar terminou a sexta-feira passada perto da estabilidade ante o real, depois de a cotação ter chegado a superar 4,40 reais pela primeira vez (Imagem: REUTERS/Amr Abdallah Dalsh)

O mercado elevou as contas para o câmbio tanto para este ano quanto para o próximo em meio aos sucessivos recordes que o dólar bateu contra o real nas últimas sessões, de acordo com a pesquisa Focus que o Banco Central divulgou nesta quarta-feira.

O levantamento semanal mostra que a expectativa agora é de que o dólar encerre tanto 2020 quanto 2021 a 4,15 reais, de 4,10 reais e 4,11 reais, respectivamente, estimados antes.

O dólar terminou a sexta-feira passada perto da estabilidade ante o real, depois de a cotação ter chegado a superar 4,40 reais pela primeira vez. O cenário externo, com o surto do coronavírus, tem influenciado as negociações, que retornam nesta sessão a partir das 13h após a pausa de Carnaval.

O Focus mostrou ainda a oitava redução seguida na projeção para a inflação este ano, estimada agora em 3,20%, de 3,22% antes. Para 2021 segue expectativa de alta do IPCA de 3,75%

O centro da meta oficial de 2020 é de 4% e, de 2021, de 3,75%, ambos com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

Para o Produto Interno Bruto (PIB), a estimativa de crescimento foi reduzida a 2,20% este ano, 0,03 ponto percentual a menos do que na semana anterior, permanecendo em 2,50% para 2021.

A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda que a taxa básica de juros deve terminar 2020 a 4,25%, indo a 6% no próximo ano, sem alterações. O Top-5, grupo dos que mais acertam as previsões, continua vendo a Selic respectivamente a 4,25% e 5,75%.

O BC reduziu em fevereiro a Selic em 0,25 ponto percentual, para a nova mínima histórica de 4,25% ao ano. No comunicado, a autoridade monetária indicou expressamente a interrupção do atual ciclo de cortes na taxa básica de juros, em meio à leitura de que os ajustes já feitos ainda vão surtir efeito na economia.

Veja o relatório na íntegra:

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