Economia

Mercado de trabalho superaquecido? O que esperar da taxa de desemprego

29 nov 2022, 10:42 - atualizado em 29 nov 2022, 10:42
trabalhador
O Caged registrou a criação de 159.454 empregos formais em outubro – abaixo das projeções de 238 mil postos. (Imagem: Reprodução/Governo do Estado do Paraná)

Nos últimos meses, a taxa de desemprego caiu bruscamente, passando de 12,6% no trimestre móvel de julho a setembro de 2021 para 8,7% no mesmo período deste ano. E o mercado de trabalho deve se manter aquecido.

Amanhã (30), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua) e a expectativa é de uma ligeira alta na taxa de desemprego.

Para a economista-chefe e diretora de macroeconomia do Santander Brasil, Ana Paula Vescovi, a estimativa é de um pequeno aumento de 0,1 ponto percentual, elevando a taxa a 8,8% no trimestre encerrado em outubro.

“Nossos cálculos apontam para um mercado de trabalho provavelmente superaquecido, dada nossa estimativa de NAIRU [taxa de desemprego de equilíbrio ou que não gera inflação] em torno de 10,5%”, aponta a economista.

Caged

Divulgado nesta terça-feira (29), o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) registrou a criação de 159.454 empregos formais em outubro – abaixo das projeções de 238 mil postos.

Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos, destaca que a surpresa foi disseminada entre os grupos, mas o expoente baixista acabou sendo o resultado da “indústria geral” que exibiu destruição para bem além do sugerido pela sazonalidade ajustada para esse ano.

No entanto, isso não aponta para uma desaceleração das contratações. “O resultado não muda drasticamente o bom resultado do mercado de trabalho formal deste ano, que deverá fechar com a criação de mais de 2,2 milhões de postos líquidos”, afirma.

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