Mercado de trabalho para o arquiteto continua promissor? Camila Pimenta comenta o tema
Será que o mercado de trabalho para o arquiteto continua promissor? Dados do último Censo relacionado ao setor revelam que, atualmente, 87% dos profissionais atuam efetivamente na profissão, mas apenas 32% estimam um futuro promissor na carreira
O II Censo dos Arquitetos e Urbanistas do Brasil, realizado pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR) e tabulado pelo Instituto DataFolha, no final de 2020, traz dados relevantes sobre o cenário atual da profissão de arquiteto e urbanista no país.
A pesquisa ouviu 41.897 profissionais da área, e demonstra que a faixa etária média da classe é de 35 anos.
Em relação às expectativas para o futuro, 32% dos arquitetos e urbanistas preveem estimativas positivas para o mercado nos próximos anos, sendo um resultado inferior ao do último Censo, realizado em 2012, quando esse percentual era de 58%.
Isso pode demonstrar a preocupação que os participantes tinham em relação aos impactos que a pandemia estava causando na economia e geração de emprego na época da realização da pesquisa mais recente.
Mercado abrangente
Segundo a arquiteta e design de interiores Camila Pimenta, que atua em São Paulo, o mercado de arquitetura é muito abrangente, existe a possibilidades de explorar diversas áreas, desde a construção até a arte.
Sobre o mercado de trabalho estar saturado para tantas profissões atualmente, a profissional mantém uma visão positiva.
“A criação é ilimitada e quando a criatividade aflora, quebra esse paradigma do mercado. Ouso dizer que o próximo projeto sempre será o melhor, pois será único, exclusivo e precisa superar o anterior! É a meta”.
O Censo também fala que 87% dos profissionais de Arquitetura e Urbanismo atuam de maneira efetiva no mercado de trabalho.
Destes, 62% estão na área de arquitetura de interiores, 49% em concepção de projetos, 45% no acompanhamento da etapa de execução, 17% no paisagismo e 11% no planejamento urbano.
Entre os entrevistados, 51% informaram que prestam serviços autônomos, 13% possuem empresas de arquitetura, 15% são assalariados e 12% possuem outras fontes de renda.
Ao se falar em arquitetura corporativa, Camila explica que, para quem se especializa nas duas vertentes, residencial e empresarial, não é notável a diferença de números e vantagens entre elas.
“O escopo e programa de necessidades é outro, mas o tempo e dedicação na confecção do projeto é similar. É necessário avaliar a estratégia de negócio, produtividade da equipe, rotina, ergonomia, impacto dos clientes, além da experiência que se deseja transmitir”, explica.
A arquiteta também responde sobre se, atualmente, é mais fácil se construir uma carreira consolidada no mundo corporativo. “É relativo, o profissional pode se destacar em diversas áreas, sua autenticidade e talento é fundamental para isso”, finaliza.
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