Mercado de petróleo volta a ‘estremecer’ (e uma ação brasileira agradece); entenda
Os preços do petróleo dispararam nas últimas semanas em meio a um velho conhecido: o temor de que a guerra entre Israel e Hamas incendeie todo o Oriente Médio.
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Os futuros do Brent para entrega em junho encerraram em alta de 1,50 dólar, ou 1,7%, a 88,92 dólares, após atingirem um pico de 89,08 dólares, maior valor desde outubro.
Já os preços do West Texas Intermediate (WTI) para maio fecharam em alta de 1,44 dólar, ou cerca de 1,7%, a 85,15 dólares, após alcançarem o patamar de 85,46 dólares, também o mais alto desde outubro.
Tudo começou quando a embaixada iraniana em Damasco, na Síria, foi atacada, matando dois generais de alto escalão e cinco conselheiros militares. Embora o governo não confirme, fontes disseram ao New York Times que a surtida ocorreu a mando de Israel.
Em resposta, o Irã prometeu se vingar do país. Segundo especialistas, uma escalada que leve o país a entrar na guerra pode ser ‘desastrosa’.
De acordo com a Bloomberg Economics, nesse cenário, o petróleo poderia bater em US$ 150 e o crescimento global cair para 1,7% — uma recessão que retirará cerca de 1 bilião de dólares à produção mundial.
O envolvimento direto do Irã pode ainda desencadear um “conflito regional com impacto plausível no fornecimento de petróleo”, disse Tamas Varga, da corretora de petróleo PVM.
Aqui no Brasil, as ações ordinárias da Petrobras (PETR4) subiram 2,58%. Em cinco sessões, o papel já acumula alta de 5%.
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Petróleo: Problemas também na Rússia
Um drone ucraniano atingiu uma das maiores refinarias da Rússia, num ataque que a Rússia disse inicialmente ter repelido.
A fábrica de processamento de gás de Astrakhan, na Rússia, controlada pela gigante de energia Gazprom, também interrompeu a produção de produtos derivados do petróleo após uma parada relacionada a reparos em 30 de março, afirmou a empresa, confirmando reportagem anterior da Reuters.
Uma análise da Reuters das imagens que mostram o impacto do ataque sugere que a investida atingiu a principal unidade de refino de petróleo da refinaria, responsável por cerca da metade da capacidade total anual de produção da planta, que é de 340.000 barris por dia (bpd). Os danos não pareceram graves.
A Rússia, um dos três maiores produtores mundiais de petróleo e um dos maiores exportadores de produtos petrolíferos, tem lidado com ataques ucranianos a refinarias de petróleo e também tem feito ataques à infraestrutura energética ucraniana.
Com Reuters