Mercado de olho no câmbio e no payroll: O que mexe com o Tesouro Direto e a renda fixa nesta semana?
Na última semana, o mercado acompanhou o IPCA-15 de 2024 — que subiu 0,39% em junho — além de reagir às falas do presidente Luís Inácio Lula da Silva sobre o atual presidente do Banco Central e a questão fiscal, o que fez com que o dólar disparasse. Com isso, os juros futuros por aqui encerraram com forte alta por toda extensão da curva.
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Entre os títulos do Tesouro, quase todos os papéis fecharam a semana em queda, com a menor variação sendo da NTNB 2055, -1,88%. Os únicos a terem uma variação positiva foram os pós-fixados com vencimento em 2027 e 2030, com 0,20% e 0,23%, respectivamente.
Durante o período, o time de renda fixa da XP Investimentos também destaca a curva de juro real que tiveram uma elevação, com os rendimentos do Tesouro IPCA+ se consolidando e patamares próximos a 6,40% ao ano.
Enquanto isso, no mercado secundário de crédito privado brasileiro, os spreads das debêntures indexadas ao CDI terminaram a semana estáveis. O índice IDEX-DI fechou em 1,89%, igualmente a semana passada.
Os prêmios das debêntures isentas também diminuíram, ainda de acordo com a XP.
O fluxo médio diário de negociações em debêntures não incentivadas foi de R$ 929 milhões, sendo R$ 581 milhões em debêntures incentivadas, R$ 224 milhões em CRIs e R$ 376 milhões em CRAs.
O que mexe com a renda fixa e o Tesouro Direto nesta semana?
Para começar, nesta segunda-feira (24) o mercado recebe as novas projeções do Relatório Focus. Nesta projeção, o documento indicou novamente uma alta na inflação e no dólar, enquanto a Selic se manteve estável.
Na terça-feira (2), o foco será o IPC-Fipe, o único dado nacional do dia, e na quarta-feira (3), está previsto o anúncio do Plano Safra 2024/2025. Ainda saem dados de emprego, produção, consumo, e o Fluxo Cambial Estrangeiro por aqui.
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Na quinta-feira (4), dados de Produção de Veículos movimentam a manhã. Por fim, o Índice de Variação de Aluguéis Residenciais fecha a sexta-feira (5).
Na agenda internacional, os investidores se preparam uma semana menos caótica. O feriado de Dia da Independência, no dia 4 de julho, traz um alívio ao mercado, em meio a ata da reunião do Fomc.
Fechando a semana, o mercado anseia por novos dados do payroll, que mede o mercado de trabalho e ajuda o Federal Reserve a determinar a sua política monetária.
*Com Vitória Pitanga