Mercado de luxo se recupera rapidamente e tem crescimento de 50% nas vendas no Brasil
O mercado de luxo passou praticamente sem grandes problemas pela pandemia, ao contrário de outros setores, que sofreram com a falta de consumidores. Houve altas das vendas no mercado de luxo.
De acordo com a Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), ao comparar alguns dias de julho de 2021 com o mesmo período de 2019, as vendas em shoppings e centros comerciais foram quase 20% menores.
Já no mercado de luxo a JHSF Participações (JHSF3) aponta que as vendas de produtos de alto valor aumentaram em torno de 50% no meio de 2021 em relação a 2019.
Os brasileiros com alto poder aquisitivo, tendo suas viagens internacionais podadas, acabaram gastando o seu dinheiro com itens de luxo no país, mesmo. Enquanto na reabertura dos shoppings, em 2020, os consumidores ainda estavam reticentes quanto às normas de segurança, em 2021, os clientes de artigos de luxo voltaram com tudo.
Os protocolos de segurança já não são mais novidades, e a volta ao shopping, com a procura por marcas de luxo nacionais e internacionais, continua a todo vapor. No Village Mall, da Multiplan (MULT3), no Rio de Janeiro, ocorreu um aumento de mais de 60% em compras relativas a marcas internacionais no início de 2021 em comparação com o ano anterior.
Além de roupas e acessórios, os consumidores desse nicho também aproveitam o tempo livre em restaurantes renomados, com profissionais do curso de gastronomia, que estão sempre criando novos pratos elaborados. Muitos também passaram a consumir os seus pratos preferidos em casa.
O e-commerce e o delivery possibilitaram que os produtos e alimentos chegassem em casa. Com tempo livre e as viagens restritas, muitos resolveram gastar e aproveitar refeições sofisticadas dentro de casa.
Outro produto que fez sucesso durante a pandemia foi o vinho. O Brasil, inclusive, bateu um recorde de consumo dessa bebida, com um aumento de 30% em relação ao ano anterior.
A venda de vinhos caros, com preço acima de R$ 350, também disparou. Com o isolamento social, o consumo de vinho passou a ser uma das atividades para se fazer em casa.
De acordo com a World Wine, as garrafas mais caras tiveram um aumento ainda maior do que as mais em conta. Enquanto os caros tiveram crescimento em vendas de 50%, houve um aumento de 30% para os menos custosos. Ao mesmo tempo que muitos passaram aperto e até fome durante a crise do coronavírus, as pessoas com maior poder aquisitivo puderam continuar desfrutando do bom e do melhor.